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Priscila Natividade
Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 07:00
Todo mundo concorda: tem que ter gingado e quadril soltinho para acompanhar a coreografia daquele pagodão. E como as mãos podem traduzir a quebradeira? Imagine aí, como foi para a tradutora, pedagoga e uma das criadoras do grupo Pense em Libras (@penseemlibras), Gabriela Mattos, interpretar na linguagem de sinais não só um dos grandes sucessos de Xanddy Harmonia, como Vem Neném, mas o repertório inteiro de uma Melhor Segunda-Feira do Mundo?
“As músicas de Xanddy são uma delícia para dançar, para ouvir e curtir. Mas para traduzir exige muita observação, pesquisa, consultoria com pessoas surdas usuárias de Libras - além de muito dendê no sangue. A questão principal é a intenção da música, o que ele quer passar para o público. A nossa, como intérprete, é transmitir esse sentimento”, explica Gabriela.
São necessários ainda consciência corporal, linguística, além da imersão na cultura da comunidade surda. “No processo, paro para conhecer o artista, sua origem, pesquiso quem compôs a música. Assisto vídeos e videoclipes. Depois de muito estudo, com minha percepção e vivência, percebo que esse ‘neném’ não é um bebê recém-nascido (risos)”.
O pagodão é mesmo um desafio para traduzir. “As mais complicadas são aquelas quem tem pouca letra e duplo sentido, ou que fica só no refrão o circuito todo. O intérprete tem que ter estratégia e criatividade para traduzir ‘Samba do Polly’ ou ‘Pitbull enraivado’”, confessa Gabriela que tem 14,5 mil seguidores no perfil do Instagram.
Mais de 50 eventos entre transmissões, shows e festivais só no último ano. Esse é o montante de participações que o grupo Pense em Libras fez no palco como intérprete e com o propósito de garantir acessibilidade a pessoas surdas, sobretudo, do início da pandemia para cá. Além de Xanddy Harmonia, na lista tem também eventos de artistas como Tierry, Pablo, Bell Marques, Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Margareth Menezes e Saulo. No Carnaval, a maratona foi intensa: 15 intérpretes envolvidos na festa.
“Começamos nas redes sociais em 2018, com o objetivo de traduzir e gravar para Libras as gírias baianas, metáforas e ditados populares, porém, foi na pandemia que a demanda cresceu muito”, comemora a tradutora, que teve seu primeiro contato com a Libras há 24 anos.
“Aprendi e busquei me aprimorar nos estudos. Essa participação, sem dúvida, tem crescido bastante e a tendência é expandir mais a partir do momento que a sociedade percebe a pessoa surda enquanto sujeito, cidadão, consumidor”. Hoje, o Pense em Libras atua na oferta não só de serviços de tradução e interpretação em shows musicais mas em eventos corporativos, artísticos culturais – entre eles, saraus, espetáculos teatrais, rodas de conversa - presenciais e online, além de cursos.
Gabriela Mattos
tradutora de LibrasGeralmente, em um evento grande a equipe se reveza com oito tradutores. Em um show menor, três fazem a tradução e as trocas ocorrem a cada 20 minutos. “Uma diária de um tradutor vai depender muito do evento, porém, costuma variar entre R$ 500 e R$ 600. No Carnaval inteiro, o ganho chegou a R$ 13 mil. Não é carteira-assinada, nem contrato. A gente funciona mesmo como um coletivo formado por 15 pessoas onde todo mundo se une e tem uma equipe boa para contar para esses eventos”.
Quando precisa de equipe para algum trabalho, quem estiver disponível topa e vem. “Nem sempre conseguimos fechar valores justos. Apesar da demanda existir e crescer o tempo todo, a luta é muito grande para a valorização do profissional Tradutor Intérprete de Libras. Todos os dias a gente vai educando os profissionais da cultura mostrando a necessidade da acessibilidade para todas as pessoas”, destaca Gabriela.
Para a analista e gestora de eventos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Salvador, Letícia Sampaio, o momento é de aquecimento e expansão para este mercado. Segundo um levantamento da entidade com base em dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal do Brasil, existem atualmente cerca de 2 mil negócios do ramo de tradução e interpretação de Libras formalizados no país.
“O mercado e as oportunidades só aumentaram nos últimos anos. O período da pandemia, com a explosão de lives e expansão das ferramentas digitais, trouxe aos negócios voltados à comunicação em Libras chances de entrada e permanência em espaços antes não ocupados. Este ainda é um ambiente com muitas oportunidades dada as necessidades de empresas que ofertam serviços para o público surdo”, ressalta.
Letícia Sampaio
analista e gestora de eventos do SebraeAs oportunidades, inclusive, estão em todo segmento, seja produto ou serviço. “Toda atividade é um campo oportuno para trabalhar com Libras, afinal o surdo é um consumidor do que é ofertado pelo mercado em geral. Recentemente, a área de entretenimento tem ampliado e trabalhado bastante para utilizar este nicho de mercado, porém, a gente percebe um movimento também de empresas que ofertam atendimento presencial, mas também online”.
Localizada na Barra, a sorveteria Il Sordo (@ilsordoba), por exemplo, só emprega pessoas surdas. Todo atendimento na unidade da franquia criada em Aracaju é feito em Libras. Assim como os seis funcionários, o dono da franquia local também é surdo. “Aqui se tornou um lugar único em que os surdos se sentem acolhidos. Porém, a nossa loja é frequentada por todos os perfis de clientes”, afirma Rafael Almeida, sócio proprietário da Il Sordo Salvador, única franquia da marca que fica fora de Sergipe.
A sorveteria inclusiva fatura R$ 400 mil por ano e serve gelatos sem gordura vegetal, essências ou corantes artificiais e conta ainda com opções veganas, sem lactose e zero sacarose no cardápio. “Nossos valores médios vão de R$ 13 a R$ 46. Atualmente, queremos tornar a loja da Barra mais conhecida, para, nos próximos anos, podermos expandir”, diz.
Para a professora de economia da ESPM e especialista em economia comportamental, Paula Sauer, vai sair na frente quem apostar nos apelos visuais e sensoriais para alcançar esse consumidor. “É observar que os produtos devem seduzir o consumidor de várias formas, ser visualmente atraente e as mercadorias, tocadas de todas as maneiras. Será preciso acionar outros canais sensoriais como o visual, o tátil, olfato ou paladar”.
Paula Sauer
professora de economia da ESPM e especialista em economia comportamentalA cultura surda é toda voltada para o visual. “É um mercado ainda muito subestimado. Outro aspecto importante é que a comunidade surda é diversa e composta por pessoas com diferentes níveis de surdez, visualizações, experiências individuais. É importante que esse segmento adapte seu atendimento de acordo com as necessidades específicas de cada cliente. A comunicação mais do que nunca precisa ser inclusiva”, complementa.
Por falar em diversidade é indispensável entender a diferença que existe entre os surdos sinalizados - ou seja, aqueles que apenas se comunicam pela Libras - dos surdos oralizados que são os que aprenderam a falar a língua oficial do país, mas podem ou não usar aparelhos auditivos, ter implante coclear ou fazer leitura labial. Outro grupo é formado por surdos bilíngues. Eles dominam as duas línguas, tanto a de sinais oficial e falam e escrevem a língua oficial.
Flávio dos Anjos é surdo oralizado e enfermeiro. Certa vez, ele precisou ir até uma unidade de saúde. Quando falou em Libras perguntaram se ele sabia ler e pediram que ele escrevesse. “Isso me tocou muito e decidi que, a partir daquele dia, ia fazer o meu melhor para poder ajudar essa classe”. Assim, ele começou a fazer um trabalho de tradutor e intérprete com aulas de Libras voltadas para profissionais em saúde. O projeto Saúde em Libras (@saudeemlibrass) tem mais ou menos um ano.
“Sou surdo, tenho uma perda severa no ouvido direito. O profissional de saúde precisa urgente adequar essa realidade na grade curricular. Sei que é um trabalho muito árduo, mas aos poucos, com muito esforço, amor e dedicação, estou mostrando o quanto isso é fundamental, sobretudo, na área de saúde. A pessoa surda pode ser compreendida e ter qualidade no atendimento”.
Um curso básico de 30 horas custa R$ 89,99 e é totalmente voltado ao atendimento de uma pessoa surda em uma unidade de saúde, no serviço de emergência, no Samu, dentro de um hospital, ou no Programa Saúde da Família (PSF). Flávio também dá dicas nas redes sociais para esses profissionais. “Meus alunos, em sua maioria, são técnicos de enfermagem e enfermeiros, mas o curso também é voltado para todos os profissionais, desde os que trabalham na recepção e na higienização até médicos”, afirma.
Flávio dos Anjos
tradutor de Libras e enfermeiroMorgana Freire (@morgfr_) começou tem pouco tempo a trabalhar como intérprete de Libras para eventos e cursos profissionalizantes, apesar de conviver diretamente com a língua desde que nasceu. “Meu irmão mais velho é surdo então, desde que nasci, tenho contato direto com Libras. Aprendi a maioria das coisas que sei hoje pela convivência com ele. Sempre fui apaixonada pela língua”.
Foi na pandemia que ela viu a chance de atuar nessa área. “Em 2020 eu comecei a postar alguns vídeos de traduções em libras e com isso muitos surdos começaram a me seguir e pediam que eu fizesse cada vez mais. Com isso, cheguei a 39 mil seguidores, sendo a maioria pessoas surdas. Tenho estudado cada vez mais para me aperfeiçoar. Traduzir libras requer muita sensibilidade e responsabilidade”.
É essencial conhecer a cultura surda e entendê-la. “Para quem quer ingressar nessa área, compreender a história e identidade da comunidade surda é decisivo para oferecer serviços respeitosos e eficazes”, aconselha.
Quem também aposta na expansão da oferta de formação no segmento de libras é a professora Eurides Nascimento. Antes mesmo da pandemia, ela já estava à frente da Escola Libras Mais (@librasmaisoficial), que existe desde 2008, mas em 2013 se converte para uma proposta de educação afrocentrada. Na folia, a escola também marcou presença em cima do trio. O ganho comparado a participação em outros eventos foi 20% maior.
“Coordenei a primeira equipe de acessibilidade do Bloco Olodum. Foi uma experiência maravilhosa, a gente parar em frente aos camarotes e ver também o feedback dos surdos que acompanharam o Carnaval. Além de incentivarmos outros blocos a proporcionar esse acesso em Libras, existe a repercussão mundial que o Carnaval alcança”.
Uma das pioneiras em entender e ver oportunidades nessa área, Eurides afirma que o mercado está em ascensão constante. “Não posso negar que muita gente ficou curiosa no antigo governo quando a então primeira-dama Michele Bolsonaro fez discursos utilizando a linguagem brasileira de sinais. No entanto, apostar nesse consumidor é promover realmente um mundo mais empático, diverso e inclusivo, em que esses profissionais possam conversar, criar, inovar, trazer novos produtos e serviços para a comunidade surda”.
Eurides Nascimento
criadora da Escola Libras MaisHoje, na verdade, a gente até estranha ir para um evento e não ver o tradutor de Libras ali no palco. “A escola vem com essa intercessão de mulher, preta, periférica e com um sonho de tornar o seu empreendimento de referência não só no Brasil como no mundo. O interesse pelo curso de Libras vem crescendo. Já formamos mais de 5 mil pessoas, direta e indiretamente. Hoje nós temos uma média de 100 a 150 pessoas matriculadas, elas estão pulverizadas no país”, ressalta.
Boa parte do público que procura a escola é de professores que querem agregar na sua metodologia. "Existe um movimento muito forte de interesse também de profissionais da área de Recursos Humanos e com cargos de gestão nas empresas”, reforça a professora Eurides.
A Lei que oficializa a Língua Brasileira de Sinais completa 22 anos em 2024. Sancionada em 24 de abril de 2002, a Lei nº 10.436 reconhece a Libras como meio legal de comunicação e expressão no Brasil. Entre os principais avanços na legislação, o advogado do Núcleo de Práticas Jurídicas do Uniruy e especialista em Direito Corporativo, Maurício Sampaio, cita que desde 2005, a Libras é obrigatória para o curso de licenciatura, pedagogia e fonoaudiologia em todo país. Outra medida importante foi a regulamentação da profissão de tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais, com a Lei n.º 12.319, de 1 de setembro de 2010.
“Destaco ainda, o exemplo mais recente que foi a edição da nova Lei do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). O Decreto nº 11.034, de 05 de abril de 2022, alterou o Código de Defesa do Consumidor para estabelecer diretrizes e normas sobre o SAC, que tornou obrigatório que todos os canais de atendimento ao cliente disponibilizados pela empresa estejam acessíveis para as pessoas com deficiência”.
Porém, mesmo com esse progresso, a Libras ainda não é a segunda língua oficial do país, como reconhece o advogado, ao defender que esse é um dos principais gargalos em que a legislação precisa avançar.
“A gente já vê diversas empresas que se dedicam a desenvolver ferramentas para facilitar a comunicação entre surdos e ouvintes, com disponibilização de intérpretes virtuais, tradução de textos em Português para a Língua Brasileira de Sinais, atendimento em Libras por videochamadas, buscando se adequar a esse novo cenário. A edição dessas leis obrigou diversas empresas a adaptarem o seu modo de operação. Contudo, a Libras não está nas escolas para o ensino a todos, sendo esta uma etapa fundamental para a inclusão da comunidade dos surdos”, opina Sampaio.
Maurício Sampaio
advogado do Núcleo de Práticas Jurídicas do Uniruy e especialista em Direito CorporativoUma tentativa de atualização da lei está prevista no Projeto de Lei nº 6.284/2019, que obriga as instituições públicas e privadas de ensino a ofertar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de comunicação para todos os estudantes surdos, em todos os níveis e modalidades da educação básica. O projeto já foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) e, atualmente, se encontra em tramitação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.
Também em tramitação está a Proposta de Emenda à Constituição n° 12, de 2021, que pretende incluir a Libras como um dos idiomas oficiais do Brasil. “Atualmente, a mudança está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, aguardando relator”, completa.
E o mercado de trabalho na área também se mostra como algo promissor? Boa pergunta. Segundo informações da plataforma de vagas de emprego Catho, as áreas com quantidade expressiva de vagas abertas com exigência ou diferencial de fluência em Libras são a de educação, administração, comercial e vendas.
A auxiliar administrativo, Ilana Souza, acabou de iniciar a graduação no curso de Direito. Recentemente, foi contratada por uma instituição de ensino para uma vaga PCD. “Tenho certeza que saber Libras foi um diferencial no currículo, porque o núcleo onde trabalho acessibiliza os atendimentos para os surdos, o que se torna de grande importância para o contato do advogado com o cliente”, afirma.
Ilana tem deficiência física e visual (baixa visão do olho esquerdo) em decorrência de hidrocefalia congênita. Ela decidiu aprender Libras por curiosidade. Em 2018 procurou um curso e foi se aprimorando. “Desde então não parei mais, com objetivo de aperfeiçoar minha visão de gramática, elevar o meu vocabulário e, consequentemente, conseguir difundir esse conhecimento em todas as vertentes que ele possa alcançar”.
A universitária considera gradativa a difusão da língua nos ambientes corporativos, uma carência que pode ser, ao mesmo tempo, um valor agregado ao currículo do profissional que tem domínio da língua. “A gente sabe que isso vem de fatores inicialmente históricos, que se mostram na invalidação da capacidade da pessoa com deficiência, tanto ao acesso à informação e ao uso de serviço, quanto à prestação desses serviços. Diante dessa carência ainda existente, se torna cada vez mais essencial introduzir, sim, a acessibilidade em Libras nos mais variados ambientes”, defende.
Psicóloga, Intérprete de Libras e coordenadora do Setor de Empregabilidade e Inclusão do Instituto Bilíngue de Qualificação e Referência em Surdez (IRES), Aline Trindade, confirma que a demanda por profissionais com essa habilidade existe e as áreas que mais têm exigido o conhecimento em Libras é de educação, ambiente corporativo, conferências e eventos culturais. “A demanda existe mas ainda há necessidade de uma maior conscientização das contratantes em compreender a dimensão do serviço. O que a gente vê é que a maioria das contratações são em regime de horista, algo em torno de R$ 12, no geral”, ressalta.
Entre as habilidades e competências que as empresas começam a exigir está algum tipo de afinidade com o segmento em questão, como explica Aline. “O mais interessante é que o profissional em questão atue em áreas de afinidade, pois há algumas especificidades e competências tradutórias específicas e inerentes daquela atividade”. Ela exemplifica: “ Por exemplo: um intérprete artístico precisa ter uma boa consciência corporal para entregar um trabalho de palco de qualidade. Um intérprete jurídico precisa compreender de sinais/termos específicos da área. O recomendado é o estudo continuado e aprofundamento nessas áreas relacionadas”.
Aline Trindade
Psicóloga, intérprete de Libras e coordenadora do Setor de Empregabilidade e Inclusão do IRESNa hora de se qualificar, a dica é não focar só no básico, mas buscar mesmo um aprofundamento e uma qualificação contínua. “Sem dúvida, é necessária muita formação continuada, principalmente porque a Libras se trata de uma língua viva e em processo de expansão de atuação. Se pensarmos na área artística, é uma conquista relativamente recente. Além disso, muita convivência e contato com a comunidade surda para compreensão mais aprofundada desse sujeito, sua cultura e identidade contam muito a favor desse profissional”, aconselha a especialista.
. Universidade Federal da Bahia (Ufba) Todos os cursos de licenciatura oferecem a disciplina de Libras, como Letras, Matemática, Química.
. Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia da Bahia (Ifba) A instituição tem um curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Tradutor de Libras, que é ofertado pelo Centro de Referência de Jaguaquara. De acordo com informações da Pró-Reitoria de Extensão do Ifba, o curso tem uma procura muito grande. O FIC tem como finalidade a capacitação e o aperfeiçoamento profissional.
. Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) A universidade tem um curso de Especialização em Educação Inclusiva (pós-graduação Latu Sensu) pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que conta com uma disciplina obrigatória chamada Língua Brasileira de Sinais - Libras.
. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb) A Ufrb tem um curso de graduação na área: Licenciatura em Letras - Libras/Língua Estrangeira. A formação é ofertada no Campus Amargosa, no Centro de Formação de Professores (CFP). Funciona no turno noturno.
. Escola Virtual Gov Introdução à Libras https://bitlybr.com/dOcUv. É gratuito.
. Universidade São Paulo (USP) Língua Brasileira de Sinais https://bitlybr.com/MDjzb. É gratuito.
. Senac/ EAD Curso Livre Libras Básico https://bitlybr.com/xnYae. Custa R$ 232,23.
. Academia de Libras Curso de Libras Completo https://bitlybr.com/RsxpS. Custa R$ 697.
. Sesc-SP Digital EAD Libras: Descobrindo a Língua de Sinais https://bitlybr.com/OxdDi. É gratuito.
. Udemy Curso de Libras 2023 https://bitlybr.com/FpGWG. Custa R$ 169,90.
. iEstudar Curso de Libras https://bitlybr.com/LcHRc. É gratuito.
. Libras em Casa Quero aprender libras https://bitlybr.com/fQZIg. Custa R$ 87.
. Uni Destrava Aprenda Libras com Confiança e sem Frustração: Do Zero a Intérprete de Libras https://bitlybr.com/ddUSy. Curso básico gratuito até níveis mais avançados que chega a R$ 1.997.
. Hand Talk Dicionário gratuito para tradução de língua de sinais disponível nas versões Android e iOS.
. Libras Lab Aulas, conversações e aprendizagem de libras de um jeito simples e fácil. Disponível nas versões Android e iOS.
. Senai Libras O app da Confederação Nacional da indústria (CNI) traz a tradução de termos técnicos de português para libras em 3D. Disponível nas versões Android e iOS.
1. Buscar produtos e serviços que atendam necessidades e amplifiquem a comunicação e o alcance desse público.
2. Ter um atendimento focado e qualificado para incluir o consumidor surdo.
3. Gerar postos de trabalho que contratem PCDs. A inclusão precisa acontecer também do outro lado do balcão.
4. Como esse é um nicho de atividade pouco explorado conheça a cultura da comunidade surda.
5. Outro fator é expandir essa acessibilidade a todos os canais de comunicação da marca, inclusive, os virtuais. O atendimento em libras não pode ficar só no presencial.
1. Tenha curiosidade não só em aprender o básico no que diz respeito a libras, mas se aprimorar sempre. A formação é contínua.
2. É importante também conviver e conhecer a comunidade surda para entender sua cultura, identidade e necessidades.
3. Entre as áreas que estão mais buscando profissionais que dominem a língua brasileira de sinais está a educação, no ambiente corporativo e em eventos culturais.
4. Outra habilidade fundamental é ter afinidade com o segmento que aquela empresa atua para conhecer especificidades e competências tradutórias inerentes àquela atividade.
5. Dominar, ao mesmo tempo, a capacidade corporal cenestésica, a competência linguística e à competência comunicativa.
Essa pauta foi inspirada pelo Programa Correio de Futuro 2023, parceria com a Universidade Salvador (Unifacs), sob a coordenação dos professores Antônio Netto e Kátia Borges. Os alunos da turma de Produção de Conteúdos em Multiplataforma participaram de oficinas com editores da redação entre março e agosto de 2023. A equipe, composta por Alice Falcão, Camilly Paschoal, Gabriel Falcão, Leonardo Góes, Luís Felipe Guimarães, Manoela Raquel, Téo Mazzoni e Vinícius Daniel, apresentou o seguinte produto: https://vidaalemdosom.wixsite.com/my-site