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Vitor Rocha
Publicado em 6 de setembro de 2024 às 07:00
Criado em 2008 para uma campanha publicitária de preservativos da marca Durex, o Dia do Sexo, comemorado nesta sexta-feira (6), sempre foi tratado como motivo de celebração para casados e solteiros. No entanto, para a sexóloga Magali Tourinho, do Instituto de Sexologia da Bahia (Insexba), a data foi ressignificada como símbolo de conscientização sexual.
"Hoje o Dia do Sexo vai além da campanha do preservativo para prevenção das ISTs e como método contraceptivo. Ela é um chamariz para que as pessoas cuidem das questões relacionadas às inadequações e disfunções sexuais que acabam adoecendo o par", diz Magali. Ela acrescenta que a data foi pensada para o dia 6 de setembro por conta da posição "69", em que "os parceiros podem proporcionar prazer mútuo com o mesmo estímulo que é o sexo oral".
A sexóloga declara que a data é importante para a reflexão sobre mitos e crenças erradas em relação à sexualidade. "Um dos motivos de tantos abusos, claro que tem pessoas doentes, mas tem também a minha falta de posicionamento, a minha falta de entendimento sobre a importância da sexualidade na minha vida", opina. Magali ressalta que esses abusos não envolvem casos mais graves, como o estupro, mas dizem respeito à falta de harmonia entre os parceiros em seus relacionamentos.
A enfermeira ainda enumerou diversas medidas e comportamentos para ter uma relação saudável com a sua sexualidade, sendo elas: educação sexual; comunicação e posicionamento; autoconhecimento; autoestima elevada; higiene pessoal e íntima; escolher bem os/as parceiros/as; uso de preservativos masculinos e femininos. "A maior energia de movimento do ser humano é a do impulso sexual, e ela quando vista como parte da saúde traz avanços importantes na realização pessoal e profissional", finaliza.