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Gilberto Barbosa
Publicado em 4 de julho de 2024 às 06:00
Criado com o objetivo de restaurar os terreiros das religiões de matriz africana de Salvador, o programa Casa Odara realizou sua primeira entrega na tarde da última quarta-feira (3), com a revitalização do terreiro Ilê Axé Omindeuá localizado no bairro de Fazenda Grande IV.
Ao todo, cerca de 100 terreiros serão beneficiados pelo programa, que está em fase piloto. De acordo com a Secretaria Municipal de Reparação (Semur), ainda não há definição de quais espaços serão atendidos até dezembro, mas a expectativa é que o projeto se expanda e contemple todos os 1.031 terreiros presentes na capital até 2028.
“O critério de escolha dos terreiros é feito de acordo com o estado que eles se encontram, com prioridade para aqueles que estão em piores condições de funcionamento. A gente já refez os cadastros e caso surja uma nova casa, ela será incluída no programa”, explicou o prefeito Bruno Reis.
Para ter direito ao benefício, é necessário que as casas religiosas estejam cadastradas nos sistemas da prefeitura. De acordo com a secretária da pasta, Ivete Sacramento, o cadastramento é feito de maneira voluntária e é seguido de ações como a isenção de taxas municipais, reforma e legitimação fundiária.
“É necessário ir para a Semur ou entrar no site e escolher a opção ‘Cadastramento Terreiro’. Em seguida, o representante do espaço leva documentos para provar que aquele é um terreno voltado para a prática de religões de matriz africana. O cadastramento é alta declaração de que aquele terreiro existe e está em pleno funcionamento”, afirmou.
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela