Saiba o que faz o curso de Administração da Ufba ser considerado de excelência

Escola de Administração da Ufba completou 65 anos nesta quarta-feira (2)

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  • Larissa Almeida

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 15:56

Representantes da Escola de Administração da Ufba e o reitor da universidade durante comemoração dos 65 anos da Eaufba Crédito: Marina Silva/CORREIO

O curso de Administração da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Eaufba), que é a instituição formadora de grande parte dos gestores públicos baianos e faculdade pioneira de Administração Pública no Norte e Nordeste, foi homenageada por professores aposentados e ativos, alunos, ex-alunos e representantes de outras escolas da universidade, que se reuniram nesta quarta-feira (2) para celebrar os 65 anos da Jovem Senhora – como é conhecida a escola entre a comunidade acadêmica. Na ocasião, foi celebrada a nota máxima conquistada pelos cursos de Administração e Secretariado Executivo na última edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e destacados os motivos que fazem a formação da Eaufba ser considerada de excelência.

Paulo Miguez, reitor da Ufba e ex-aluno do mestrado em Administração na própria universidade, ressaltou que, ao longo da história, a Eaufba soube construir a qualidade da sua formação através da dedicação e competência. “A intuição tem docentes, corpo técnico-administrativo, estudantes e colaboradores terceirizados sempre dispostos e atentos a produzir o que de melhor pode ser feito no ensino da gestão, da pesquisa e da extensão”, pontuou.

“Acho que é essa capacidade permanente de diálogo com as circunstâncias contemporâneas e a compreensão dos desafios dos tempos atuais que fazem com que a escola tenha promovido as alterações indispensáveis para que isso resulte sempre na produção do conhecimento e formação de cidadãos”, completou o reitor da Ufba.

Para André Luiz Nascimento, professor e diretor da Eaufba, o próprio nascimento da escola foi capaz de estabelecer os parâmetros de inovação e contribuição pública que são atualizadas até os dias atuais. “Desde o seu nascedouro, ela foi responsável pelo processo de desenvolvimento industrial e governamental de todo nosso estado. É daqui que sai os programas de planejamento público de boa parte das reformas administrativas da região Nordeste. Não só a Bahia, mas outros estados tiveram a consultoria de profissionais formados por essa escola. É uma instituição que, ao longo do século XX, foi se consolidando como uma grande escola de gestão e com uma característica especial, que é o recorte social”, apontou.

Antônio Carlos Magalhães Júnior, acionista e conselheiro da Rede Bahia, estudou por quatro anos na Escola de Administração da Ufba e trabalhou lá como professor durante 45 anos. Até hoje, é professor voluntário da faculdade e afirma que o segredo para a excelência do ensino se deve em grande parte ao corpo docente. “O nível alto do professorado é o ponto mais importante. Não só na graduação, como também na pós-graduação, há uma qualidade de ensino muito elevada”, frisou.

A prova da qualidade do ensino foi a conquista do conceito máximo no último Enade. O exame, que avalia os conteúdos programáticos previstos nas orientações curriculares dos cursos de graduação e as habilidades do estudante, registrou os cursos de Administração e Secretariado Executivo – ambos da Eaufba – entre os nove da Ufba que alcançaram a maior nota (5). Para Bárbara Dultra, vice-diretora, esse é um marco que reflete a pluralidade formativa dos docentes e a aliança com diversos atores da sociedade civil.

“Nós somos aproximadamente 58 professores e quase todos são doutores. Ao buscar uma titulação, nós devolvemos à sociedade esse conhecimento da melhor forma possível. Além do mais, temos consciência de que não somos apenas conteudistas, mas participamos do processo formativo de pessoas. Acho que tudo isso, além das parcerias, já que nossa escola tem inserção nas diversas áreas governamentais de todas as esferas, é uma possibilidade contribuir para o processo formativo, porque amplia o leque de estágios”, pontuou Bárbara.

Do ponto de vista estudantil, a aluna do curso de ADM, Julia Gonçalves Machado, 21 anos, creditou a excelência do curso se dá através do empenho dos docentes. “Muitos professores são ex-alunos da casa, então acho que isso faz toda a diferença, porque eles têm uma vivência do que é essa universidade. Eles conhecem os problemas e, a partir da experiência obtida, já implementaram muitas soluções, como projetos, pesquisas e visitas”, disse.

Por sua vez, o aluno Guilherme Martins, 20 anos, também estudante de ADM, apontou a estrutura do curso como o grande diferencial, assim como a forma de apresentação do conteúdo. “A estrutura é muito melhor em comparação com os outros campuses. Tem professores que passam o conteúdo de forma interativa, o que faz com que os alunos se interessem mais pelas aulas”, finalizou.