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Saiba como foi o momento da queda do teto central da Igreja de São Francisco de Assis

Testemunhas relataram detalhes do acidente

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 20:20

Guia turística Meirelúcia Oliveira sobreviveu ao acidente Crédito: Marina Silva/CORREIO

O desabamento do forro do teto central da Igreja São Francisco de Assis, no Pelourinho, causou forte comoção entre comerciantes, turistas e profissionais que atuam no bairro. Segundo relatos de testemunhas, o acidente aconteceu entre 14h30 e 15h, deixando uma pessoa morta e outras cinco feridas. Tudo começou com um estrondo que assustou quem passava pela região.

A comunicadora Juci Santana, 43, conta que estava prestes a ir almoçar quando ouviu um barulho. “Foi um estrondo muito grande e alguns colegas saíram para ajudar. Um colega do setor, Marcos, que é socorrista, foi uma das primeiras pessoas a ajudar as vítimas. [...] A vítima fatal fazia parte de um grupo de amigos de São Paulo que estava visitando Salvador. Na hora do acidente, Ludmila, que é uma das vítimas do acidente, estava chamando muito por Giulia [vítima fatal], o tempo todo”, relata.

Juci conta que, desde o momento do socorro, não havia indícios de que Giulia Panchoni Righetto, 26 anos, estivesse viva. Ela acrescenta que a amiga da jovem estava em choque e a confirmação do óbito entristeceu a todos. “Para a gente, a maior tristeza é que uma pessoa veio a óbito e poderia ser qualquer um de nós. Ontem, às 18h, eu estava aqui, teve missa e eu fiquei parada, olhando. Então, [vem] a sensação de que poderia ser com qualquer um de nós. [...] Para mim, é uma tragédia”, ressalta.

Juci Santana Crédito: Marina Silva/CORREIO

Uma comerciante do Pelourinho, que preferiu não se identificar, disse que o barulho no momento do acidente se assemelhava ao estouro de uma bomba. “Parecia que tinham soltado uma bomba no lugar. Quando eu saí para ver, só tinha poeira bem amarronzada, por conta do barro. Teve também muito desespero, porque a entrada para a igreja, que custa R$10, é pela lateral. Então, o desespero foi porque as pessoas queriam sair e as portas estavam fechadas”, diz.

No meio da manhã, um cruzeiro atracou no porto de Salvador e muitos turistas foram visitar o Centro Histórico. Segundo a comerciante, muitos desses turistas ainda estavam no Pelourinho no momento do acidente, o que causou um alvoroço. “Teve muita gritaria e até crianças vomitando, porque estava muito calor e tinha muita gente. Eu tomei um susto porque, imagine, que mesmo com problema de audição, eu escutei o barulho muito alto”, enfatiza.

A guia de turismo Meirelúcia Oliveira estava ao lado da igreja, guiando três famílias de São Paulo, quando viu de perto o forro do teto central desabar. Ela narra o momento de terror que viveu. “Eu estava perto da Igreja, atrás da porta azul, quando, de repente, o teto abriu um buraco e começou a cair. Nós gritamos por misericórdia, pulamos e conseguimos arrombar a porta”, conta.

Tárcio Passos, 24 anos, atendente de uma sorveteria próxima à igreja, disse que o estrondo lembrou o barulho de dois carros colidindo. “Não esperávamos que algo fosse desabar dentro da igreja. Achei que fosse na rua, fora daqui. Quando saí, vi muita poeira e a galera saindo correndo. Teve muitas pessoas feridas que vieram para cá. Foi um susto para todos”, resume.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigará a morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos. Segundo a polícia, guias foram expedidas para o trabalho do Departamento de Polícia Técnica (DPT), e os laudos periciais serão essenciais para esclarecer as causas do acidente.