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Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2024 às 21:03
A cerca de dois anos para as eleições de 2026, o clima na base petista baiana já apresenta uma certa tensão. Depois do senador Jaques Wagner (PT) declarar que, se a eleição fosse hoje, apenas os nomes dele e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) estariam garantidos como postulantes à reeleição, o acirramento do grupo pode ser potencializado. Isso porque o ex-governador e ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), pode rifar o atual gestor do estado do próximo pleito estadual. A informação foi divulgada na coluna da jornalista Andreza Matais, no Uol. >
Segundo a jornalista, Rui Costa trabalha para voltar ao governo da Bahia em 2026. Em paralelo, o ex-governador da Bahia e o ministro do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estariam ocupados com o plano de enfraquecer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nome mais forte para concorrer à Presidência, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida não disputar a reeleição. >
Haddad estaria ameaçando os planos da dupla (Rui Costa e Silveira) para a Petrobras. Ainda conforme a coluna, o que tem circulado em Brasília é que o ex-senador Jean Paul Prates, que foi retirado da presidência da empresa petroleira, teria oferecido apoio a Haddad para as eleições de 2026. Enquanto Rui trabalha para voltar ao governo da Bahia, Silveira se organiza para se eleger governador de Minas Gerais. >
No início de março, em entrevista à rádio Piatã FM, Rui Costa declarou que pretende “submeter seu nome” para a majoritária da próxima eleição geral, mas não deixou claro se deseja ser candidato a governador ou ao Senado. Após o comentário do aliado, Jerônimo Rodrigues chegou a afirmar que seu antecessor tinha uma “missão muito grande”, que é de ajudar o presidente Lula a governar o país. >
Procurada pelo CORREIO para comentar a informação da colunista Andreza Matais, a assessoria de Rui Costa não respondeu até a publicação desta matéria. >
Embora a eleição municipal deste ano seja o foco de muitos partidos, os integrantes da base petista no estado já estão com ânimos à flor da pele em função do próximo pleito estadual. Em 2026, apenas quatro vagas para no mínimo cinco pré-candidatos estarão disponíveis. Além de garantir apenas o próprio nome e o de Jerônimo na disputa, Wagner afirmou que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) está com futuro político indefinido, já que é pré-candidato a prefeito de Salvador no pleito deste ano. >
O nome do senador Ângelo Coronel (PSD), que já manifestou publicamente o desejo de disputar a recondução, não foi citado por Wagner. Para o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e aliado de Coronel, Adolfo Menezes (PSD), o senador do PT não quis rifar Coronel da chapa ao não citar o correligionário. >
“Ele disse que está certo Jerônimo e ele, o que não significa que rompeu. Não rifou ninguém. É uma forma de falar. Até porque, ele (Wagner) não pode fechar uma chapa faltando tanto tempo ainda. Ainda tem uma eleição municipal pela frente”, minimizou Menezes.>