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Maysa Polcri
Publicado em 17 de novembro de 2024 às 17:12
As altas temperaturas e os dias ensolarados são convites para banhos no mar e na piscina. Mas pais e responsáveis devem ficar atentos aos riscos de afogamento. Essa é a segunda principal causa de morte de crianças brasileiras de 1 a 4 anos de idade. No sábado (16), Sophia Sobral Souza, de apenas 3 anos, morreu após se afogar na piscina de um prédio no Imbuí, em Salvador. >
A pediatra Ana Patrícia Almeida ressalta que os acidentes por submersão são preveníveis e faz o alerta: crianças nunca devem ficar desacompanhadas em piscinas e na praia. "Mesmo aquelas que já sabem nadar não devem ficar desacompanhadas, e isso vale para quem faz uso de boias, que deve ser supervisionado por adultos", explica. Boias e coletes de espuma são mais recomendados, já que as infláveis têm mais risco de estourar. >
Dados do Boletim Epidemiológico de Afogamentos no Brasil deste ano, feito pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), apontam que, em 2022, o afogamento foi a segunda causa de morte mais comum na faixa etária entre 1 e 4 anos. Além de ser a quarta entre pessoas com 5 e 24 anos no país. Naquele ano, foram registradas 1.397 mortes de crianças por afogamento - uma média de três por dia. >
"É preciso ensinar às crianças a sobrevivência na água que inclui, basicamente, que ela aprenda a flutuar. As crianças que circulam perto da piscina com vários adultos precisam que um deles seja responsável exclusivamente pela atenção", indica a pediatra Ana Patrícia Almeida. Entre os meses de dezembro e março, período mais quente do ano, são registradas quase metade (45%) dos afogamentos, de acordo com a Sobrasa. >
Ana Patrícia Almeida
PediatraA Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático indica ainda que as piscinas de condomínio sejam protegidas com grades de 1,5m x 12 cm, para aumentar a segurança de crianças. Os filtros das piscinas devem estar desligados durante o uso e os ralos mais recomendados são os que evitam a sucção de cabelos. Alertas devem indicar que pular na piscina é proibido. >
No sábado (16), Sophia Sobral Souza chegou a ser levada ao Pronto Atendimento Alfredo Bureau (UPA do Marback), mas não resistiu ao afogamento. De acordo com o boletim de ocorrência que foi registrado na 9ª Delegacia, a menina ficou submersa na piscina e chegou a ser socorrida pela família e por vizinhos. O caso é investigado pela Polícia Civil. >
Em outubro, uma outra criança também foi vítima de afogamento na Bahia. Alice Antunes da Silva, 4, estava na piscina de um clube particular quando se afogou. Ela estava acompanhada da mãe e do irmão, segundo relato de familiares. O caso aconteceu em Cansanção, no norte do estado. >
Medidas de prevenção em piscinas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático>
Crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto>
Isole a piscina - tenha grades com altura de 1.50 mts e 12 cm entre as verticais>
Boia de braço não é sinal de segurança, é preciso que a criança seja supervisionada >
Evite brinquedos próximo a piscina. Eles atraem as crianças>
Desligue o filtro da piscina em caso de uso>
Não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego sem supervisão confiável>
Cuidado ao mergulhar em local raso (coloque aviso)>
Ensine sua criança a nadar a partir dos 2 anos>
Use ralos que evitem a sucção dos cabelos>
Dê preferência aos coletes e boias de espuma >