Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Wendel de Novais
Carol Neves
Publicado em 9 de abril de 2025 às 12:59
Os influenciadores presos em uma operação contra rifeiros nesta quarta-feira (9) atuavam como divulgadores, disseminando as rifas ilegais pelas redes sociais, e os policiais presos cuidavam da segurança para os envolvidos do esquema. A informação foi divulgada pela Polícia Civil em coletiva na tarde de hoje.>
Foram presos na operação os influenciadores e rifeiros Ramhon Dias, Nanan Premiações, Gabriela Silva, Franklin Reis e Josemário Lins (saiba mais aqui). Também foram presos os policiais Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, o 'Tchaca', e outros três PMs identificados como cabo Paim e os soldados Maximiano e Alan.>
"Em relação aos influenciadores, o papel, digamos assim, o modo de operar a atuação da organização criminosa se dava, essencialmente, através das redes sociais, então eles precisavam desses influenciadores para justamente fomentar a venda dessas rifas ilícitas, então a partir daí foi que nós começamos a individualizar as condutas", explicou o delegado Fábio Lordello, diretor do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco).>
Cabia aos influencers até mesmo sair do estado para divulgar as rifas. “Influenciadores participavam de festas e eventos na Bahia e também fora do estado para promover as rifas. Eles eram o núcleo de divulgação das rifas, ampliaram a rede de pessoas que colocavam dinheiro”, acrescenta Lordello.>
Ele continuou explicando o envolvimento dos PMs, que eram o "braço armado" da organização. "Os policiais militares entravam tanto nesse apoio, que se beneficiavam dessa movimentação financeira, a fluxo de capital entre esses policiais militares, e parte dos membros da organização criminosa, principalmente os líderes", diz. "Havia muita circulação de alguns alvos centrais dessa operação, que circulavam pelo estado da Bahia e fora do estado, sempre com apoio e com a segurança desses policiais militares". >
Segundo a investigação, o grupo criminoso movimentou R$ 680 milhões. Até agora, 23 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso. >