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Wendel de Novais
Publicado em 19 de março de 2025 às 11:40
Dois dias após quatro integrantes da facção Bonde do Maluco (BDM) morrerem em confronto com agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), um novo caso de violência foi registrado na noite de terça-feira (18), na localidade da Fonte do Capim, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. Nessa ocorrência, um homem identificado como Waldir Barreto Lopes, 54 anos, que trabalhava como rodoviário, teve a casa invadida e foi executado a tiros. >
Procurada, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) informou que agentes da 9ª Companhia Independente (CIPM) foram acionados para o caso, que foi registrado no interior de um imóvel na Rua Rio Catu. No local, os militares encontraram a vítima, acionando o Samu. Waldir, no entanto, não resistiu aos ferimentos e teve o óbito atestado pela equipe médica que o atendeu. >
Consultada pela reportagem, uma fonte da polícia, que prefere manter anonimato, afirmou que há a suspeita de que Waldir tenha sido morto por conta da ação de domingo. “Nós temos informações de que, após a ação policial, houve uma espécie de caça na área pelo BDM porque, supostamente, eles estavam atrás de quem fez a denúncia para a ação, o que sempre fica sob sigilo”, aponta o policial. >
Ao ser questionada pelo CORREIO sobre a ação do domingo, os quatro integrantes do BDM estariam traficando drogas na localidade e foram denunciados. Na chegada dos policiais, entretanto, houve tiroteio. Houve revide da PM e, após a troca de tiros, quatro suspeitos foram encontrados feridos e socorridos para o Hospital Ernesto Simões Filho, onde não resistiram aos ferimentos. >
O policial destaca que as denúncias são preservadas em anonimato. “É possível fazer esse tipo de denúncia com absoluto sigilo, sem correr risco. Esse caso, por exemplo, pode ser uma situação de morte de uma pessoa que nem denunciou. Muitas vezes, por fofoca, essa informação chega na facção e, mesmo que não seja verdade, acabam executando as vítimas como retaliação”, completa. >
Relatos iniciais apontam que Waldir trabalhava como rodoviário em Salvador e o Sindicato dos Rodoviários foi acionado para confirmar a informação, mas a reportagem não obteve resposta. O caso será investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS). A perícia e remoção do corpo foi feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). >