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Registro especial do Ofício das Baianas de Acarajé é revalidado pelo Ipac

A revalidação foi divulgada na edição do Diário Oficial do Estado deste sábado (23)

  • Foto do(a) author(a) Amanda Palma
  • Amanda Palma

Publicado em 23 de novembro de 2024 às 10:33

Baiana de acarajé em Salvador
Baiana de acarajé em Salvador Crédito: Fernando Barbosa/Ascom Ipac

O registro especial do Ofício das Baianas foi revalidado e publicado neste sábado (23), no Diário Oficial do Estado (DOE). O ofício é registrado como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) desde 2012.

Além disso, o ofício é reconhecido como como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2005. Também é visto como um dos símbolos da Bahia.

O ofício das Baianas de Aracajé envolve técnicas culinárias e indumentárias específicas, e tem relação com a ancestralidade de religiões de matriz-africana. Segundo o Ipac, a revalidação é fundamental para "preservar este legado e monitorar a continuidade dessa prática cultural, pois é através desse trabalho que as baianas não só garantem seu sustento, mas também preservam o patrimônio cultural e as tradições religiosas que as representam".

"É uma forma de assegurar que essa tradição continue viva e presente, transmitindo sua importância histórica e cultural para as futuras gerações. Nosso papel, como instituição, é justamente esse: proteger e valorizar os patrimônios do estado, garantindo que práticas tão emblemáticas como essa não apenas resistam ao tempo, mas também permaneçam vivas em nossa sociedade", afirma Marcelo Lemos, diretor-geral do Ipac.

A presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos da Bahia (ABAM), Rita Santos, afirma que a revalidação contribui para evitar a descaracterização do ofício. “Essa revalidação é um grande presente para as baianas de acarajé do estado da Bahia. Mostra a valorização do ofício da baiana de acarajé e, para além disso, mostra a valorização de nós baianas, que somos um patrimônio vivo. Sou a favor da modernização, mas tem coisas que não devem ser mudadas como a roupa das baianas e a receita do modo de fazer acarajé, e esse documento evita qualquer tipo de descaracterização”, afirma.