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Realizar a mamografia a partir dos 40 anos reduz a taxa de mortalidade em até 41%

Exame reduz para 25% as taxas de risco para detecção de câncer de mama avançado, diz especialista

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 06:00

Veja onde fazer mamografia de graça em Salvador
Exame de mamografia Crédito: Shutterstock

O câncer de mama é uma das doenças que mais preocupam as mulheres de meia idade. Essa preocupação, no entanto, pode ser reduzida a zero caso seja realizado, anualmente, o exame de mamografia. O procedimento, que ganhou um dia só para ele no calendário médico, comemorado nesta quarta-feira (5), pode reduzir a taxa de mortalidade em até 41%, se feito no período recomendado por pessoas do sexo feminino que estejam acima dos 40 anos.

A instauração do Dia Nacional da Mamografia tem como objetivo chamar atenção para a importância do exame de rastreamento, que é capaz de detectar o câncer de mama antes do surgimento de sinais. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2025, a Bahia deve registrar 4.230 novos casos da doença, que representa o tumor mais incidente em mulheres de todas as regiões do país.

Quando é feito anualmente, conforme aconselha a Sociedade Brasileira de Mastologia, as chances de ter uma vida com qualidade após o tratamento são altas, como aponta Thâmara Ferreira, médica oncogeneticista e oncologista clínica da HoppeClin e Hospital da Mulher.

“A mamografia, realizada periodicamente, reduz o risco de morte por câncer de mama em 41% em até 10 anos para mulheres que fazem os exames regularmente e reduz para 25% as taxas de risco para detecção de câncer de mama avançado”, afirma a especialista.

Por que a mamografia só é indicada para quem tem mais de 40 anos?

Além do câncer de mama, a mamografia consegue detectar nódulos mamários e qualquer tipo de lesão nessa região do corpo. De acordo com Thâmara Ferreira, o exame é indicado para mulheres acima dos 40 anos porque, antes disso, o tecido mamário é muito denso. “Há menor quantidade de tecido gorduroso quando se tem 20 anos de idade e predomínio do tecido glandular. A mama fica mais fácil para análise do exame quando se tem mais tecido gorduroso”, pontua.

Quando há pouco tecido gorduroso, pode haver dificuldade de identificação e percepção radiológica de lesões. Por isso, a recomendação da médica é que o exame seja feito por mulheres acima de 40 anos. A orientação, contudo, não é unânime. O Ministério da Saúde e o Inca determinam que o a mamografia deve ocorrer a partir dos 50 anos. Já a SBM e a Sociedade Brasileira de Radiologia defendem que seja a partir dos 40 anos.

Se houver mulheres com menos de 40 anos que tenham histórico de câncer de mama na família, é recomendado que elas façam o procedimento antes da idade aconselhada. Isso porque, segundo Thâmara Ferreira, 5% a 10% os cânceres de mama são hereditários. Ela acrescenta ainda que homens também podem fazer a mamografia, se houver percepção de nódulo, secreção no mamilo, alterações da pele ou dor.

Como é feita a mamografia?

Antes feito com uma espécie bandeja com incidência de raio-X, que era comprimida contra a mama da mulher, o exame de mamografia passou por uma modernização. Atualmente, o procedimento é feito com um aparelho chamado mamógrafo. O instrumento médico utiliza raios-X e permite a captação de imagens do tecido mamário.

Durante a realização dos exames, é realizada uma compressão do parênquima mamário – tecido com a função principal da mama – para permitir a realização de uma radiografia do local, que possibilitar a análise das mamas e a identificação de imagens suspeitas. O procedimento dura entre 15 e 25 minutos, e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Hoje, nós temos cada vez mais aparelhos modernos e elaborados tecnicamente, que permitem que esses exames não sejam tão desconfortáveis e que consigamos ter precisão nas imagens, assim como a avaliação clínica necessária associada a outros exames. Às vezes, a mamografia isoladamente não é suficiente, e é preciso complementar com ultrassonografia mamária ou ressonância, por exemplo”, diz a especialista.

Um dos avanços implementados pela clínica CAM, que integra a Oncoclínicas&Co, em Salvador, é o mamógrafo digital com tomossíntese, um aparelho de última geração para detecção precoce do câncer de mama, que permite a visualização tridimensional das estruturas internas das mamas sob diversos ângulos.

O equipamento consegue identificar lesões iniciais e pré-malignas com alta precisão, possibilitando o diagnóstico até dois anos antes do nódulo se tornar palpável. Segundo um estudo sueco, publicado na revista Lancet Oncology, a tecnologia é capaz de detectar 34% mais tumores, em comparação à mamografia tradicional.

“Além do equipamento ser anatomicamente mais confortável para as pacientes, um dos principais benefícios do aparelho é que ele permite identificar com precisão e precocemente as lesões da mama, mesmo as mais sutis”, explica o mastologista César Machado. “Essa precisão ajuda a reduzir a quantidade de exames com resultado falso negativo e, consequentemente, diminui também a quantidade de biópsias desnecessárias”, finaliza.