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'Quem ele é para tirar a vida de uma pessoa?', diz mãe de adolescente morto por PM

Execução ocorreu na madrugada de domingo (1º), e outro jovem ficou ferido; soldado está afastado das ruas

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 15:01

Crime no Alto de Ondina
Jovens foram obrigados a deitar no chão e já estavam rendidos Crédito: Reprodução

Três dias após a morte do filho caçula, a mãe de Gabriel Santos Costa, 17 anos, morto por um policial militar à paisana na madrugada de domingo (1º), no Alto de Ondina, em Salvador, desabafou sobre a participação do soldado no crime. Ela disse que conhece o suspeito - moram próximos - e discorda da liberação do policial após ser ouvido na delegacia. "Só de ver o vídeo já dava para manter ele preso. Ele disse que meu filho assaltou ele, pelo amor de Deus. Ele é o que para tirar a vida de uma pessoa? Isso tem que acabar", falou Marlene, em entrevista à TV Bahia, nesta quarta-feira (4).

Ela disse também que jamais pensou que iria passar por uma situação dessas e espera que o policial pague pelo crime cometido. Um morador gravou o momento da execução. No vídeo, dá para ver que as duas vítimas passam por uma espécie de revista, já deitadas no chão e rendidas. Uma delas está com as mãos na cabeça. Um homem armado, que veste blusa amarela e bermuda preta [o soldado Marlon da Silva Oliveira], dá chutes, xinga e atira várias vezes nos dois, fugindo na sequência em um carro branco. No local, estava ao menos mais um veículo, com outros envolvidos no caso, mas até agora nenhum outro suspeito foi identificado.

O soldado Marlon está afastado das ruas enquanto responde ao inquérito criminal e também ao administrativo. O outro jovem de 19 anos baleado continua internado em um hospital da capital, onde passou por cirurgia.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que, na madrugada do último domingo (1º), "dois jovens foram vítimas de disparos de arma de fogo no bairro de Ondina, em Salvador. Após as primeiras diligências, foi confirmada a participação do soldado Marlon no referido episódio".

"A Corregedoria da Polícia Militar já iniciou os procedimentos administrativos necessários, incluindo a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apuração rigorosa dos fatos. O policial foi afastado das atividades operacionais e realocado para funções administrativas. A arma sob sua responsabilidade foi recolhida e entregue à Polícia Civil, órgão responsável pela investigação criminal", diz a nota da PM.

A corporação reiterou o "compromisso com a ética, a transparência e o cumprimento rigoroso da lei, assegurando a devida apuração de todos os fatos".

A mãe de Gabriel diz que quer uma resposta: "Só quero resposta e justiça. Não sei o que aconteceu antes, não sei se é vingança. Quero ele preso e que ele pague. Tirou meu menino caçula de mim, um menino alegre", disse ela, chorando.