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Quando a coqueluche pode matar? Veja o que dizem especialistas

Bahia registrou aumento de casos em um ano; doença é mais grave em crianças

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 05:50

O esquema de vacinação inclui cinco doses do imunizante entre os 2 meses aos 7 anos
O esquema de vacinação inclui cinco doses do imunizante entre os 2 meses aos 7 anos Crédito: Shutterstock

A coqueluche é uma doença bacteriana que afeta as vias respiratórias e tem como principal sintoma a tosse seca e intensa. A vacinação é a principal forma de combater a infecção, que é mais grave em crianças de até 1 ano. Depois de cinco anos, a Bahia voltou a registrar um óbito pela doença - uma bebê de 9 meses. Especialistas explicam quais são os riscos e quando a doença pode levar a morte. 

Os sintomas da coqueluche, inicialmente, são semelhantes aos de um resfriado comum. Mas é preciso ficar atendo à evolução dos quadros de saúde. Tosse persistente em bebês deve ser avaliada pro médicos. 

"O risco de maior gravidade da coqueluche acontece em crianças menores de um ano de idade, mas, especialmente, nas menores de 6 meses de idade. Como elas ainda não têm a musculatura respiratória bem desenvolvida, as infecções exigem mais e acaba fadigando", explica o o infectologista Victor Castro Lima, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

Além disso, o sistema imunológico das crianças é mais frágil. "As crianças dessa faixa etária ainda estão com um sistema imunológico muito imaturo. Por isso, têm risco maior de desenvolver formas mais graves de várias infecções respiratórias, não apenas da coqueluche", completa o especialista. O tratamento da doença é feito com antibióticos. 

Para as crianças, o calendário vacinal de rotina contempla a aplicação de três doses com a vacina pentavalente (com 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços, aos 15 meses e aos quatro anos, com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até 7 anos. As gestantes também devem se vacinar, pois transmitem os anticorpos aos bebês através da placenta.

A Bahia enfrenta o aumento de casos de coqueluche. Em todo o ano passado, foram apenas dois casos confirmados, contra 18 registrados entre janeiro e novembro deste ano - um aumento de 800%. Para especialistas, a escalada de casos tem relação com a diminuição da cobertura vacinal e o ciclo próprio da coqueluche.

"A bactéria (bordetella pertussis) que causa a coqueluche promove uma resposta imunológica que pode promover alterações sanguíneas de coagulação, assim como acometimento pulmonar mais grave, o que, em casos graves, provoca falência múltipla dos órgãos", detalha a infectologista pediátrica Anne Galastri.