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Quadrilha no Rio usava diplomas falsos da Uneb para conseguir registros de médicos

Em nota, universidade diz que colabora para investigações desde janeiro de 2022

  • D
  • Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2023 às 14:50

Uneb
Uneb Crédito: Divulgação

A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) informou nesta segunda-feira (3) que notificou a polícia em relação um esquema de falsificação de diplomas para obtenção de registro para falsos médicos no Rio de Janeiro assim que percebeu que havia algo errado, em janeiro do ano passado. O esquema é investigado pela Polícia Federal.

Pelo menos 65 pessoas usaram os documentos forjados para obter o registro profissional, a maioria deles apresentando diploma da Uneb. Segundo nota da universidade, nenhuma das pessoas que usou os diplomas falsos estudou de fato na universidade. O esquema foi divulgado em reportagem do Fantástico, da TV Globo, no domingo.

Na nota, a Uneb diz que recebeu um ofício do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) em 18 de janeiro de 2022 pedindo comprovação de veracidade de atas de colação de grau, diplomas e históricos escolares de supostos formados em medicina na universidade.

A universidade fez consulta às suas bases e notou que os nomes apresentados nunca foram foram alunos da Uneb. "Assim sendo, confirmamos que as referidas atas, diplomas e/ou históricos escolares recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados por esta universidade, portanto, são ilegítimos", diz o texto.

Todos os documentos enviados pelo Cremerj foram repassados para as autoridades competentes da Bahia para a investigação, diz a Uneb.

O e-mail usado pelos criminosos para enviar diplomas e outros documentos falsos (validaçã[email protected]) não é da Uneb, destaca a universidade.

"A Uneb externa sua indignação com o ocorrido, ao tempo em que reforça que se trata de uma ação criminosa da qual esta universidade é vítima, assim como toda a sociedade brasileira", diz a nota.

Presos

Em junho, a PF cumpriu quatro mandados de prisão e três pessoas foram presas: Valdelírio Barroso Lima, Reinaldo Santos Ramos e Francisco Gomes Inocêncio Junior, que é médico. A quarta pessoa, Ana Maria Monteiro Neta, apontada como chefe da quadrilha, está foragida.

Segundo o delegado da Polícia Federal Francisco Guarani disse ao Fantástico, “a investigação conseguiu apontar que de fato existia uma estrutura empresarial nessa venda de diplomas falsos e históricos escolares falsos.”