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Protagonistas da Lavagem, baianas falam da emoção do percurso

Maria Raimunda dos Santos, 74, faz o percurso há 44 anos

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 13:22

A devoção das baianas, símbolo do sincretismo religioso
A devoção das baianas, símbolo do sincretismo religioso Crédito: Paula Fróes/ CORREIO

O relógio se aproximava das 12h quando o Senhor do Bonfim completou a subida da Colina Sagrada. A imagem foi recebido sob aplausos da multidão que, com as mãos em direção ao santo, celebrou o momento máximo da Lavagem do Bonfim. Às 12h07, o Senhor do Bonfim retornou para a Basílica que leva o seu nome.

Além dos fiéis, a imagem também era aguardada pelas baianas. Símbolo do sincretismo religioso que caracteriza a festa, elas começaram a chegar no adro às 10h após completarem a caminhada de 7 quilômetros que partiu da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio.

Uma delas foi Maria Raimunda dos Santos, 74 anos. Ela conta que faz o percurso há cerca de 44 anos e que acordou às 4h30 para sair de sua casa, no Dois de Julho, em direção à Cidade Baixa.

"Eu já faço esse percurso há anos. Hoje eu me arrumei cedo e saí de casa com minha filha. Ela me disse para irmos devagarinho para conseguirmos chegar aqui com tranquilidade e eu poder descansar até a chegada da imagem. Eu tomei uma queda recentemente e estou sentindo muitas dores, mas enquanto ele me der força, eu vou continuar com a caminhada", disse.

Após a chegada da imagem, as baianas desceram as escadas e distribuíram flores ao público presente. O padre e reitor da basílica, Edson Menezes, iniciou seu discurso às 12h30 e ressaltou a importância da edição de 2025, que marca 280 anos da chegada da imagem na Bahia e ocorre no ano do Jubileu da Esperança, marcado pela peregrinação dos católicos ao Vaticano.

"Essa devoção é um dos maiores patrimônios da nossa religiosidade. O Senhor do Bonfim é o nosso eterno farol, o nosso guia, a guarda imortal da Bahia. Depois de tantas tragédias, violências, desastres, vem o Senhor do Bonfim nos proteger e guardar de todo o mal. Torna-se necessário renovar a nossa esperança. Que Ele nos dê muita força para perseverar e nos manter firmes na certeza de que Deus está conosco", discursou o padre Edson.