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Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 07:23
Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) rejeitaram a proposta de recomposição salarial do governo, em reunião nessa quinta-feira (29). No encontro, eles também aprovaram uma paralisação no dia 11 de setembro.
Segundo a Associação dos Docentes da UNEB (Aduneb), as perdas salariais em decorrência da falta de recomposição da inflação, desde 2015, chegam a 35%. A atual proposta do governo, refutada pelos professores, previa o pagamento, dento como base o teto da inflação de 4,5% (estipulada pelo Comitê Monetário Nacional), mais um acréscimo de 1,2%. Assim, o reajuste de 5,7% seria pago em três parcelas de (jan/2025, jan/2026 e dez/2026). A proposta não inclui nenhum adendo caso a inflação ultrapasse o teto estipulado.
"De fato, o que o governo colocou à mesa foi uma recomposição salarial de apenas três parcelas de 1,15%, o restante apenas cobre a inflação do ano anterior. Se lembrarmos que a defasagem é de 35%, não podemos nem mesmo caracterizar como um plano de recomposição salarial", afirmou Clóvis Piáu, coordenador geral da Aduneb.
A direção do sindicato considera ainda que, até o momento, não foi apresentada nenhuma proposta satisfatória de recomposição salarial. Além disso, docentes enfatizaram a disponibilidade e a flexibilidade do movimento na negociação, que tem estabelecido amplo diálogo sobre os percentuais de reajuste e sobre termos muito aquém da defasagem salarial, buscando avançar com diálogo e acenando para o governo a disponibilidade para negociar.
A próxima reunião com o governo será realizada em 11 de setembro, mesmo dia da paralisação. Na reunião, a categoria deve apresentar uma contraproposta ao governo.