Professores da Uneb realizam protesto e assembleia para discutir greve

Docentes pedem recomposição salarial, adicional para professores que exercem atuam em laboratórios e aumento do repasse orçamentário

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Publicado em 30 de setembro de 2024 às 10:05

Ato de professores da Uneb
Ato de professores da Uneb Crédito: Ana Albuquerque

Professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) da capital e do interior realizam um ato estadual na manhã desta segunda-feira (30), na entrada do campus de Salvador, no Cabula. A manifestação é parte da greve, iniciada na última sexta-feira (27). Ainda hoje, a partir das 13h30, no Teatro do Campus I, no Cabula, será realizada uma assembleia geral para discutir a proposta do Comando de Greve a ser apresentada na reunião desta quarta-feira (02) com o governo.

Munidos de carro de som, panfletos, faixas e bandeiras, professores dialogam com à população em geral a relevância da Universidade Pública e denunciam o descaso do Governo Estadual com os servidores e a precarização das condições de trabalho e de educação.

Reivindicações

Dentre as demandas em discussão, segundo a Seção sindical dos docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), os professores discutem o recebimento de adicionais de insalubridade para professores que exercem funções em condições insalubres em laboratórios e outros espaços. Além disso, o movimento grevista reivindica o aumento do repasse orçamentário para 7% da Receita Líquida de Impostos, que nos últimos anos não chegou a 5%. Bem como, repudia a interferência do governo na autonomia universitária para a gestão acadêmica, administrativa e orçamentária, algo garantido pela Constituição Federal.

A categoria docente também considerou insatisfatória a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo na última mesa de negociação, que representa um aumento, acima da inflação, de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026. As previsões inflacionárias são do Boletim Focus. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) , a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%.