Professor baiano é escolhido como consultor de ciência, tecnologia e inovação da Unesco

O educador foi escolhido através de um edital que buscou pesquisadores com doutorado e experiência em áreas como 'Participação Social'

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Publicado em 3 de julho de 2024 às 19:33

Professor e pesquisador baiano Israel Campos
Professor e pesquisador baiano Israel Campos Crédito: Divulgação/Agência Dudes

O professor e pesquisador baiano Israel Campos foi selecionado para integrar o painel de consultores da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação do Brasil (MCTI).

O educador foi escolhido através de um edital que buscou pesquisadores com doutorado e experiência em áreas como 'Participação Social' em todo o país.

Dentre os títulos acadêmicos, o currículo do docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) abrange formações como: Doutor em Educação, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Social e Bacharel em Humanidades (UFBA).

Em sua atuação como consultor da Unesco, o profissional coordenou a mobilização e a participação social da Conferência Regional Sul, sediada em Curitiba, no Paramá, além de integrar as reuniões em Brasília, que culminarão na 5ª Conferência Nacional, prevista para acontecer entre os dias 30 de julho e 1⁰ de agosto de 2024.

Nesta edição, o tema do encontro nacional será “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”.

Após ter contato com as múltiplas produções científicas, e tecnológicas e de inovação das cinco regiões do país, Campos enxerga como positiva e necessária a participação social. "Ao todo foram 14 anos de lacuna em que não houve Conferências Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação que consultassem a comunidade científica, a diversidade de governos constituintes no país, bem como organizações e movimentos da sociedade civil para definir o futuro do país", critica. 

"A diversidade foi uma questão central para que essa ampla participação fosse efetivada, então tivemos pessoas historicamente excluídas desse diálogo, mas que fazem e discutem Ciência, Tecnologia e Inovação, presente nas conferências, como pessoas negras, indígenas, mulheres, jovens, LGBTQIAP+, entre outros segmentos sociais”, completou o professor.

Dedicado em colaborar com propostas e soluções para o enfrentamento das crises climáticas, um dos principais objetivos da conferência, o professor, que esteve na região sul do país antes das enchentes afetarem o estado do Rio Grande do Sul, chama atenção para as pautas ambientais serem prioridades constantes da classe científica, política e sociedade civil.

“Para o presente e para o futuro do Brasil, sugiro que o trabalho da sociedade alcance as três seguintes áreas que apontam para o nosso futuro: a tecnologia alinhada às questões climáticas e ambientais; a inovação atrelada ao desenvolvimento social; e a popularização da ciência”, cravou.