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Procissão de São Lázaro reúne fiéis debilitados em busca de cura

Com trajes brancos, devotos se reuniram na Igreja de São Lázaro, na Federação, e seguiram em procissão pelas ruas do bairro

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 26 de janeiro de 2025 às 18:25

Procissão em celebração a São Lázaro reúne fiéis debilitados em busca de cura
Procissão em celebração a São Lázaro reúne fiéis debilitados em busca de cura Crédito: Larissa Almeida/CORREIO

Na Bíblia, Lázaro é algo de um dos maiores milagres feitos por Jesus Cristo. Ele estava morto há quatro dias quando foi ressuscitado e, por isso, é encarado pelos cristãos católicos como protetor dos enfermos, dos desamparados e dos animais. É a ele que os fiéis recorrem quando estão em busca de saúde e cura. Neste domingo (26), foi dia de celebrá-lo, como ocorre sempre no último domingo do mês de janeiro.

Com trajes brancos, devotos se reuniram na Igreja de São Lázaro e São Roque, na Federação, para assistir a missa festiva das 15h. Por volta das 16h20, a imagem do principal padroeiro da igreja começou a ser carregada, junto a um grande conjunto de balaio de flores, pelas ruas Aristides Novis e Caetano Moura.

Antes da procissão, houve quem fizesse questão de parar próximo a igreja para fazer um pedido. Na frente do espaço sagrado, havia três mães e pais de santo para darem o tradicional banho de pipoca – isso porque, no sincretismo religioso, São Lázaro também é atribuído a Omolu –, mas nenhum candomblecista foi visto aderindo ao ato que é feito para limpeza. A festa foi, majoritariamente, católica.

A aposentada Margarida Santos, 64 anos, é religiosa convicta e marcou presença na procissão para agradecer. Ela, que tem um tensor em volta da perna desde que passou a ter dores nos membros inferiores, atribui a São Lázaro a recuperação rápida que está tendo. "Comecei com dor no fêmur, que foi para a perna e depois para o o joelho. Eu nem podia andar de tão inchada que estava a minha perna. Os médicos diziam que era artrose e problema na coluna", contou.

"Eu pedi tanto a São Lázaro pela minha cura, porque eu precisava segurar uma perna para poder andar. Há três meses, voltei a andar com os dois pés no chão. Com fé, eu disse que hoje viria para a procissão. Meu marido disse para eu não vir, mas eu tinha que agradecer por São Lázaro estar me dando a minha cura e pedir a ele a a cura completa", completou.

De muletas, a também aposentada Alice Mendes, 64 anos, ainda está se recuperando de uma queda, que comprometeu a mobilidade dela, mas que não foi motivo suficiente para deixar de seguir a procissão. "Estou aqui agradecendo a São Lázaro por essa graça alcançada. Qualquer doença na vida tem uma recuperação difícil. Eu caí da escada batendo o corpo todo até o chão. Fiz cirurgia e no outro dia fui para casa. Hoje estou aqui, andando e agradecendo", disse.