Primeira Procissão dos Nós integra festejos em homenagem à Santa Dulce dos Pobres

Devoção aconteceu nesta segunda-feira (12), do Santuário Santa Dulce ao Santuário do Senhor do Bonfim

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  • Millena Marques

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 18:22

Procissão celebrou Santa Dulce dos Pobres
Procissão celebrou Santa Dulce dos Pobres Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Fiéis católicos realizaram a primeira Procissão dos Nós em devoção à Santa Dulce dos Pobres nesta segunda-feira (12). Dezenas de pessoas fizeram uma caminhada do Santuário Santo Dulce, no bairro de Roma, até a Igreja do Senhor do Bonfim, segurando um imenso cordão com nós, que representam os pedidos dos devotos.

O cordão remete à tradição franciscana de Santa Dulce. Há dois meses, fiéis que visitaram o Santuário começaram a amarrar no gradil da Capela das Relíquias cordões com 13 nós. Os objetos foram retirados e amarrados uns aos outros. No total, mais de cinco mil cordões - com 30 centímetros de comprimento cada - formaram uma enorme corrente

Os nós, que representam 13 pedidos de cada fiel, remetem ao dia em que se celebra à primeira santa brasileira: 13 de agosto. Já o trajeto, do Santuário Santa Dulce ao Santuário do Bonfim, representa um dos caminhos que Dulce percorreu ao longo da vida em busca de ajuda para os mais necessitados.

"Santa Dulce também era de carisma franciscano por ter se dedicado aos pobres, então, ela já usava o cordão em sua cintura. A devoção de rezar, e dar um nó a cada pedido, simboliza que aquele pedido será levado até Deus pela intercessão de Santa Dulce", explicou o reitor do Santuário, frei Ícaro Rocha.

A tradição integra os festejos em devoção ao 'Anjo Bom da Bahia', que começaram no dia 1° de agosto e terminam nesta terça-feira (13), com alvorada, missas durante o dia e uma procissão luminosa, às 19h. A ideia é que esse ato de fé seja fortalecido ao decorrer nos anos.

"De todas as procissões que ocorreram ao longo dessa trezena, eu acho que essa [Procissão dos Nós] tem um significado muito mais forte porque as pessoas participaram do cordão dos nós, fizeram seus pedidos, as suas orações, e agora a multidão traz aqui para agradecer à Santa Dulce, aos pés do Senhor do Bonfim", disse Maria Rita Pontes, sobrinha de Dulce e superintende das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).

Dezenas de pessoas fizeram parte da procissão. Entre elas, a pensionista Inês do Carmo, 57 anos, devota de Dulce antes mesmo da canonização, em 2019. "Perdi um neto do coração, e a missa para ele aconteceu no santuário de Dulce. Eu estava afastada da igreja, mas quando fui a essa missa, senti um aconchego. Hoje, estou firme e forte", disse Inês.

A técnica em enfermagem Raidalva Gois, 56, também participou da devoção. "Amarrei minha fininha na igreja e trouxe aqui [para o Bonfim]. Sou devota de Dulce há muito tempo, ela me fez uma graça e desde esse dia eu estou com ela", disse.

Ainda nesta terça-feira, a programação contará com um show do padre Fábio de Melo. Gratuita, a apresentação contará com canções que irão falar de amor, fé, esperança, amizade e paz, no palco principal da Praça Irmã Dulce, no Largo de Roma.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela.