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Primeira audiência entre Arquidiocese de Salvador e Devoção do Senhor do Bonfim termina sem acordo

Uma nova sessão será realizada no dia 13 de maio; há expectativa de conciliação

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2024 às 13:43

Audiência foi realizada na última segunda feira (15)
Audiência de conciliação Crédito: Divulgação/TJBA

A primeira audiência de conciliação entre a Arquidiocese de Salvador e a Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim terminou sem acordo entre as partes. Uma nova sessão foi marcada para o dia 13 de maio, às 9h, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).

A audiência visa encerrar uma disputa que se arrasta desde janeiro de 2023 após divergências entre membros da Irmandade do Senhor do Bonfim e o padre da Basílica, Edson Menezes, que culminou em um decreto feito no dia 02 de agosto pelo arcebispo de Salvador, cardeal Dom Sergio da Rocha que determinou uma intervenção na Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim.

No ato, foi decretado o afastamento imediato de Jorge Nunes Contreiras, que atuava como juiz da congregação desde janeiro deste ano. A decisão foi tomada três meses após o conflito entre o padre Edson, reitor da Basílica do Bonfim, e o então juiz se tornar público.

Uma ação judicial foi feita no final de setembro de 2023 por membros da devoção contra a Arquidiocese de Salvador. Segundo o irmão mesário e advogado, Eduardo Carreira, a ação questiona a interferência da Arquidiocese nas atividades administrativas da igreja.

“Nosso objetivo é garantir o cumprimento daquilo que está escrito no regimento interno. Nós entedemos que a Arquidiocese não tem legitimidade para interferir na devoção em atos administrativos. Apenas em atividades religiosas que a decisão final é do cardeal Dom Sérgio da Rocha”, afirmou.

A sessão foi realizada na última segunda-feira (15) na sede do TJBA e mediada pelo desembargador e relator do processo Jorge Barreto. Segundo o órgão, a intenção era garantir o diálogo entre as partes visando a resolução do processo sem a necessidade de uma decisão judicial. Eduardo conta que as conversas caminharam em direção a um possível encerramento do processo na próxima sessão, realizada em maio.

“Alguns pontos do processo ainda precisam ser ajustados para chegarmos a um denominador comum, mas esperamos finalmente encerrar com essa disputa que não é boa para ninguém”, completou.

A Arquidiocese de Salvador foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.