Preso por morte de PM em Paripe foi convencido pela família a se entregar

Preso em flagrante pela polícia nessa terça-feira (28), Luiz Matheus dos Santos, um dos três suspeitos de ter participado da ação que acabou na morte do policial militar Arnaldo de Oliveira Silva, na segunda-feira (27), em Paripe, se entregou após ser convencido pela família. Delegado que oficializou a prisão do suspeito, Ademar Tanner, da Polícia Civil (PC), explicou, em entrevista à TV Bahia, que a irmã do suspeito chegou a ir depor antes que ele se apresentasse aos policiais.

Segundo o delegado, a irmão apareceu na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para explicar a situação. “Ele esteve ferido na casa da mãe e ela cuidou do ferimento dele logo após o fato. Ele confessou a ela que tentou roubar um carro e o comparsa dele acabou atirando no policial. Ela quis vir por conta das diligências que localizaram a residência dele e dos familiares na localidade do Barro Duro, em São Cristóvão”, explicou Tanner, em coletiva de imprensa.

Ainda de acordo com informações da Polícia Civil, que não identificou nenhum dos suspeitos, além de Luiz, mais dois criminosos estariam envolvidos no crime. Um deles, inclusive, acabou baleado pelo soldado Arnaldo, mas, mesmo assim, conseguiu fugir. Diferente da informação dada em um primeiro momento pela PC, Tanner explicou que os criminosos não estavam empurrando um carro quando foram abordados pelo policial, mas tentando roubar um veículo na Rua da Bélgica, em Paripe.

“Eles tentaram roubar o carro de uma moradora naquela rua, mas ela percebeu e conseguiu fechar o portão. No momento, o policial estava passando com a esposa na moto e viu a ação. Ele tentou intervir e acabou baleado, na medida que também baleou dois dos três criminosos que estavam nessa ação”, explica.

Fernanda Asfora, que também é delegada, explicou que Luiz tcomete roubo há pelo menos dois anos. “Nós seguimos trabalhando para confirmar a identidade dos outros dois indivíduos e alcançar a prisão. O flagranteado [Luiz] não tinha passagem pela polícia, mas ele confessou que tinha uma série de crimes patrimoniais, participando principalmente de roubos de motos há dois anos”, explica.

À polícia, o suspeito afirmou que não tinha envolvimento no tráfico de drogas, mas a investigação aponta que arma utilizada pelos criminosos foi cedida pelo tráfico.