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Tharsila Prates
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 23:46
Com a proximidade do período para declaração do Imposto de Renda, a organização antecipada pode fazer toda a diferença para evitar contratempos, incluindo cair na malha fina. A principal vantagem de se planejar é reduzir riscos. Além disso, ao se organizar com antecedência, há mais tempo para corrigir qualquer inconsistência. >
“Quanto mais organizado você está, mais você consegue se antecipar e enviar a declaração. E quanto mais você se antecipa, por exemplo, se tiver direito à restituição, você consegue usufruir desse direito antes daqueles que acabam deixando para a última hora”, afirma Emily Góes, coordenadora dos cursos da área de Gestão e Negócios da Universidade Salvador (Unifacs). >
Para facilitar o processo, é fundamental reunir a documentação. A professora lembra: "Tudo o que envolve rendimento, pagamentos e patrimônio deve ser comprovado, pois são informações obrigatórias na declaração".>
São exemplos: CPF, RG e comprovante de residência; comprovantes de posse de imóveis, terrenos, heranças e investimentos; comprovantes de salários, extratos bancários e informes de rendimento de bancos e empresas e comprovantes de despesas dedutíveis. >
Plano de saúde, seguros, pensão alimentícia e previdência privada são consideradas despesas dedutíveis, ou seja, podem ser abatidos do imposto devido. No entanto, Emily Góes alerta para um erro comum: declarar como dependente alguém que não se enquadra nos critérios da Receita Federal. >
"Não é simplesmente quem mora com você ou para quem eu pago uma despesa. Filhos em idade legal de dependência e pessoas que possuam laudos médicos que atestem dependência podem ser incluídas, mas um filho fora dessas condições, por exemplo, não se encaixa nessa categoria", esclarece. >
Erros comuns>
Para não cair na malha fina, a professora Emily Góes alerta sobre erros comuns que devem ser evitados. Entre eles, estão: digitação incorreta de números e valores; omissão de rendimentos (já que o sistema cruza informações); despesas incompatíveis com a renda declarada e falta de registro de bens no patrimônio. >
"Se alguém omite um veículo na declaração e o vende no ano seguinte, como justificar a entrada do valor na conta bancária? Como é que a pessoa está vendendo um bem que nunca declarou? Como explicar essa origem agora? Então é preciso, de fato, ser o mais fidedigno possível. Isso faz com que os riscos de cair na malha fina diminuam consideravelmente", frisa a especialista.>