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Elaine Sanoli
Publicado em 9 de abril de 2025 às 21:31
O prefeito do município de Santa Bárbara, localizado no Centro-Norte do estado anunciou uma decisão que tem dividido opiniões dos barbarenses. Ao invés de realizar a tradicional festa de pré São João, o gestor afirmou que vai investir quase R$ 3 milhões na aquisição de um terreno para implantação de um Parque Industrial na cidade conhecida como a Capital do Requeijão. >
Em um pronunciamento oficial, nas redes sociais da prefeitura, Edifrâncio de Jesus Oliveira (PSD) argumentou que os custos de realização da festa junina chegariam a cerca de R$ 3 milhões. Com o mesmo valor, ele conseguiria comprar um terreno às margens da BR-116 para tirar o Parque do papel. >
"Se eu comprar a área industrial da cidade, não tenho condição de fazer o São João. E se eu fizer o São João, não tenho condição de pagar o Polo Industrial de Santa Bárbara, que trará o crescimento e desenvolvimento para nossa cidade", disse>
Segundo o chefe do executivo já há uma indústria definida para o local, que deve gerar cerca de 400 novos empregos para a cidade de pouco mais de 21 mil habitantes. "Sei que é um momento de decisão difícil para o comércio, para a juventude, mas o que eu pensei nesse momento foi o progresso de Santa Barbara", declarou. >
Ainda no pronunciamento, Oliveira afirmou que vai manter outros eventos tradicionais da cidade ao longo do ano. "Em compensação, farei o Festival de Romeu e Julieta em setembro, a emancipação política da cidade em dezembro e a Copa Rural que circula os 90 dias nos quatro cantos do município", assegurou. >
Nos comentários, as opiniões ficaram divididas entre quem concordou com a prioridade do investimento da renda do município e quem reconhece a importância da manutenção da tradição. "Festa tem em qualquer hora ou quando pode, vamos pensar principalmente no povo que mais precisa. Essa escolha foi bem pensada, só quem ganha é o povo", argumentou uma internauta. >
"Mas essa é a única forma de conseguir recursos, adiando a única tradição de renome na cidade?", questionou outro. "Salientando que a festa também gera emprego e renda. Ele poderia fazer uma festa com baixo orçamento, ou seja, bandas menos expressivas", ponderou um terceiro.>