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Alô Alô Bahia
Publicado em 26 de julho de 2023 às 21:51
Um edifício em Salvador tem chamado a atenção da internet. Em um vídeo com quase 90 mil visualizações no Instagram, o empresarial Vasco da Gama Plaza, que fica localizado na avenida de mesmo nome, tem sido comparado a um QR Code, código de barras facilmente escaneado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera.
HQmgCjp.md.png O projeto arquitetônico do empreendimento é assinado por Fernando Peixoto, arquiteto formado pela Universidade Federal da Bahia em 1969 e que tem mais de 2 milhões de m² de projetos de casas, edifícios residenciais e comerciais executados em 8 estados do Brasil e no exterior. Ao Alô Alô Bahia, ele explicou que a inspiração para o edifício, na verdade, vem do kuba, um tecido africano produzido a partir da fibra de uma espécie de palmeira.
“Eu vou acumulando na cabeça coisas que eu gosto e eu tenho um interesse cultural em coisas completamente a parte da arquitetura. Aquele prédio era uma coisa que eu tinha na cabeça, mas não foi algo intencionalmente. Na verdade, ele tem muito mais a ver com um tecido do Congo, o kuba”, disse o arquiteto, que disse gostar da comparação feita na internet. “Eu acho interessante a pessoa fazer um link com o QR Code, eu cheguei a pensar nisso depois que vi o projeto pronto”, revelou.
O Vasco da Gama Plaza é um empresarial com 384 salas a partir de 27,65m², além de possuir 58 lojas, 8 quiosques, quatro salões e 729 vagas de estacionamento em 6 pavimentos de garagem. Tudo isso com 3 mil m².
O traço geométrico é uma marca na arquitetura de Fernando Peixoto. Ele assina, por exemplo, importantes projetos arquitetônicos da capital baiana, como o CEMPRE - Centro Empresarial Previnor, empreendimento de duas torres marcadas pelas cores branco, preto amarelo e vermelho na avenida Tancredo Neves, e os residenciais Mansão Francisco Sá, no bairro da Graça, e Cidade Lua, no Rio Vermelho.
"A edificação é parte de uma paisagem urbana que precisa de identificação e referência ao local e à cultura. Sem isto, a cidade perde sua identidade e torna-se um amontoado medíocre de cópias”, ressalta o arquiteto.
Por Kirk Moreno