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Esther Morais
Publicado em 27 de novembro de 2024 às 11:14
Entre os muito problemas causados pelas chuvas fortes em Salvador nesta quarta-feira (27) está o preço cobrado nas viagens por aplicativo. Quem não quer arriscar pegar ônibus durante o temporal procura o serviço digital, mas o valor está quatro vezes mais caro.
A assistente técnica Michele Santos, de 30 anos, tomou um susto ao ver que uma corrida que custa de R$ 12 a R$ 15 estava por R$ 60. Ela conta que acordou mais cedo, às 7h, para um serviço às 8h, mas não conseguiu chegar a tempo no trabalho. "Está chovendo muito e estou esperando diminuir o valor", disse ela, às 9h20. Depois, a trabalhadora se rendeu ao preço e pagou R$ 35. O atraso durou mais de 2h. Ainda há reclamações de viagens duas a três vezes mais caras na capital baiana.
Segundo o presidente da Cooperativa Mista de Motoristas e Mototaxistas por Aplicativo da Bahia (CoopMMap), Vick Passos, a alta acontece devido ao número de motoristas nas ruas. "Tem menos carros rodando. Quem vai rodar com as ruas alagadas? Dá prejuízo", explica.
A variação acontece quando o preço está no modo "dinâmico". É quando há tantas solicitações de viagem que não há carros suficientes para atender à demanda. Isso pode acontecer por mau tempo, hora do rush e eventos especiais, esclarece a Uber.
Quando o preço está dinâmico, sinais de multiplicadores aparecem na tela de ofertas. Essas informações variam de acordo com a cidade. O percentual da taxa de serviço não se altera com o preço dinâmico.
Como os preços são atualizados com base na demanda em tempo real, o preço pode mudar rapidamente. Ele também é específico para cada região da cidade e pode estar ativo em um bairro, mas não em outro.
Quando a demanda aumentar em uma região, o preço mudará de cor no mapa. As cores variam de laranja-claro a vermelho-escuro. As áreas em laranja-claro representam oportunidades de ganhos menores com preço dinâmico, enquanto as áreas em vermelho-escuro indicam oportunidades de ganhos maiores.
O longo período de instabilidade fez com que a Defesa Civil de Salvador (Codesal) alterasse o nível de aviso para “ALERTA MÁXIMO”. Segundo o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo, há riscos deslizamentos e alagamentos. "O solo está encharcado", alertou. Na manhã desta quarta-feira (27) há mais de 70 chamados no boletim de ocorrências do órgão, entre ameaças de deslizamento e dois de deslizamento de terra. Na terça (26), foram mais de 200.
Sirenes foram acionadas em sete localidades de Salvador: Bom Juá, Baixa do Cacau, Voluntários da Pátria, Vila Picasso, Calabetão, Bosque Real e Olaria. A Defesa Civil informou que a gestão municipal abriu abrigos para acolher famílias que residem em áreas de risco.
Em caso de emergência, como sinais de inclinação vegetal, rachaduras e ameaças de deslizamento, é possível acionar a Codesal pelo número 199.