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Por que Salvador não recebe grandes shows internacionais com frequência?

Visita de Beyoncé aumenta indagações; confira os fatores que influenciam agenda internacional reduzida na capital baiana

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  • Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2023 às 05:30

Beyoncé no Club Club Renaissance
Beyoncé no Club Club Renaissance Crédito: Matheus L8

Só neste ano, o Brasil recebeu diversas turnês de grandes nomes internacionais da música, como Paul McCartney, RRed Hot Chili Peppers, Taylor Swift, Backstreet Boys e Coldplay. O que esses shows tiveram em comum? Nenhum deles foi realizado em Salvador. O motivo reúne alguns fatores, desde a logística necessária para abrigar grandes apresentações a vontade de cada celebridade.

Após a aparição da cantora Beyoncé em um evento feito exclusivamente para os seus fãs, o Club Renaissance, realizado na noite da última quinta-feira (21), no Centro de Convenções de Salvador, o CORREIO resgatou algumas explicações que apontam a ausência de shows internacionais na capital baiana.

Em matéria escrita pela jornalista Thais Borges, publicada em maio deste ano, o CORREIO destaca a utilização apenas da Arena Fonte Nova como palco para a maior parte dos shows internacionais. Foi o que aconteceu nas apresentações de de David Guetta (2014), Elton John (2014), Paul McCartney (2017), Hanson (2017), Roger Waters (2018) e A-ha (2022).

À época, o diretor de operações comerciais da arena, Alexandre Gonzaga, informou que a logística era o principal problema. Isso porque a maioria dos artistas estabelece uma rota de shows concentrada nas regiões Sul e Sudeste, com o objetivo de, em seguida, partir para a Argentina e para o Chile. “Nós tentamos, e tentamos incessantemente, trazer eventos internacionais para a Arena Fonte Nova. Mas o principal problema hoje é a logística”, explicou, pontuando que houve a tentativa de trazer Coldplay para Salvador.

Gonzaga pontuou que o valor médio dos ingressos de shows em Salvador pode ser mais baixo do que em outras capitais, mas contesta a ideia de que o público não compareceria. Em outros casos, a decisão que impede a realização de mais shows internacionais na cidade parte dos artistas, como aconteceu com Jack Johnson. “O artista resolveu fazer só Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Pode acontecer, como pode acontecer de o artista querer conhecer o Nordeste”, disse Gonzaga.

Capacidade dos espaços e ausência de patrocínio

Um dos fatores que dificultam uma agenda internacional mais ativa é a falta de equipamentos que suportem tais eventos, como destacou Bruno Portela, diretor de operações da Zum Brazil Eventos. “Se você está falando de Beyoncé, por exemplo, 20 mil pessoas não representam o público que a artista está acostumada”, afirmou.

O diretor cita a utilização do Parque de Exposições, no entanto, a montagem de estruturas básicas pode deixar o evento mais caro. A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado (Seagri), que administra o parque, informou que tem trabalhado para viabilizar uma Parceria Público Privada (PPP) para as necessidades do setor de grandes eventos. Segundo o órgão, já foram recebidas propostas e, neste momento, estão sendo discutidas propostas que agreguem tanto atividades voltadas ao agro quanto eventos como feiras, exposições, shows e festivais.

Em entrevista à reportagem a produtora Irá Carvalho, da Íris Produções, informou que boa parte das marcas ainda não confia no potencial que está fora do eixo Rio-São Paulo. "Quando investem, não investem igual como no Sudeste. Investem metade, por conta do retorno. Nem todas as marcas patrocinam. Além das marcas de bebidas, a gente não consegue grandes apoios para isso”, disse.