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Por que mesmo sendo o mais caro, bloco Camaleão chega a esgotar?

Neste ano, os preços pagos para o Camaleão são R$ 1.490 (terça), R$ 1.790 (segunda) e R$ 1.990 (domingo)

  • Foto do(a) author(a) Vitor Rocha
  • Vitor Rocha

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 03:00

Bell Marques comanda o bloco Camaleão neste domingo (11)
Bell Marques comanda o bloco Camaleão Crédito: Saulo Miguez/CORREIO

Um dos blocos mais emblemáticos do Carnaval de Salvador, o Camaleão é também o que mais pesa no bolso do folião. Fundado em 1978, o bloco comandado por Bell Marques, apesar do preço, costuma esgotar as vendas de ingressos por conta do axé consagrado pelos hits da banda Chiclete com Banana. Neste ano, os preços pagos para o Camaleão são R$ 1.490 (terça), R$ 1.790 (segunda) e R$ 1.990 (domingo). O pacote com todos os dias custa R$ 5.270. Os abadás podem ser adquiridos na Central do Carnaval e no Quero Abadá.

Com 47 anos de história, os valores do Camaleão não o impedem de apaixonar o público pela vida toda. É o que demonstra a empresária Bete Sá, de 49 anos, que frequenta o bloco desde os 14. Segundo a “chicleteira”, ela só vai se aposentar do bloco quando Bell Marques também se retirar dos palcos.

“Eu sempre falo: ‘quem sai no Camaleão canta da primeira à última música’. As pessoas no Camaleão não vão para ‘azaração’, vão para assistir Bell. O perfil do bloco é esse: pessoas da minha faixa etária, que saem com os amigos ou com o companheiro para ouvir as músicas”, disse.

Há 35 anos frequentando o Camaleão, Bete contou que deixou de ir à festa apenas uma vez, e que se arrependeu. Para este ano, ela pretende comparecer na terça-feira. “18 anos atrás, eu vendi vários abadás e acabei viajando para o Canadá para esquiar. Eu lembro de ligar a televisão, olhar o Carnaval e me arrepender. Eu disse: ‘posso viajar em qualquer época do ano, menos em época de Carnaval’”, afirmou.

Para o fisioterapeuta Robson Aguiar, de 44 anos, o preço do Camaleão tem ficado cada vez mais “salgado” com o tempo, mas ele não consegue deixar de ir para a folia. Há 23 anos frequentando o bloco, ele, que comprou com antecedência, teve que pagar mais de R$ 4 mil para os três dias.

“Antigamente, eu emendava um camarote depois do bloco. Hoje, não dá mais para fazer isso. Eu vou com minha esposa todos os anos no Carnaval. Neste ano, pagamos mais de R$ 8 mil. Nós compramos três dias, mas depende muito. Os planos sempre são ir todos os dias, mas às vezes estamos cansados e vamos só dois. Particularmente, eu prefiro segunda-feira, porque o domingo é muito cheio”, revelou.

Os frequentadores do bloco credenciam a paixão à figura de Bell Marques, como relatou Fagner Santos. O soteropolitano de 30 anos contou que é fã do músico desde pequeno e essa admiração lhe deu a curiosidade de ir ao Camaleão. Desde que foi pela primeira vez, em 2016, só não compareceu à folia durante o período pandêmico.

“Já viajei para vários lugares para curtir com ele [Bell]. Já fui para cidades de fora do estado e do interior: Fortaleza, Capela (SE), Aracaju (SE), Feira de Santana e Catu. No bloco, eu me junto com amigos que também são fãs e curtimos muito. Depois do primeiro ano é inevitável ficar de fora, só por algum motivo bem específico mesmo. O bloco está um pouco caro sim, mas a gente que gosta sempre faz um esforço”, afirmou.