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Vitor Rocha
Publicado em 30 de novembro de 2024 às 07:36
As mulheres baianas vivem, em média, 8 anos a mais que os homens. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na sexta-feira (29), em 2023, a esperança de vida dos baianos era de 71,6 anos, enquanto as mulheres alcançaram 79,6. Essa diferença é atribuída a fatores culturais, genéticos e hormonais entre os gêneros. No recorte geral, a expectativa de vida na Bahia é de 75,6 anos, enquanto no Brasil chega a 76,4.
O levantamento também aponta um aumento na expectativa de vida para ambos os sexos. Entre os homens baianos, a média subiu de 70,7 anos, em 2022, representando um ganho de 10,8 meses em 2023. Já entre as mulheres, houve um acréscimo de 9,6 meses, passando de 78,8 para 79,6 anos. No cenário nacional, o aumento foi mais significativo para os homens, com um avanço de 12,4 meses, chegando a 73,1 anos, enquanto as mulheres tiveram um acréscimo de 10,5 meses, atingindo 79,7 anos.
Bruno Chagas, geriatra do Hospital Agenor Paiva, explica que a maior longevidade feminina está relacionada a fatores genéticos, hormonais, ocupacionais e comportamentais. “Estudos mostram que os cromossomos X, duplicados nas mulheres, contém muitos genes que ajudam a prolongar a vida. Outros estudos evidenciaram que o estrogênio - hormônio sexual feminino - tem ação antioxidante no corpo, retardando o envelhecimento das células”, detalhou.
O médico também destacou aspectos culturais, como a menor frequência dos homens em consultas médicas, além de hábitos prejudiciais como fumar, beber e ter uma alimentação inadequada. “Profissões mais arriscadas e exposição a situações violentas também colocam os homens em maior risco”, completou.