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Policial penal é afastado por cobrar taxas a detentos para viabilizar pernoite fora de presídio

Agente foi alvo da segunda fase da ‘Operação Falta Grave’

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 31 de março de 2025 às 06:30

mandado de busca e apreensão
Mandado de busca e apreensão Crédito: Hildazio Santana/Nucom-Seap

O policial penal Francisco Carlos da Cunha foi afastado por cobrar taxas a detentos da Casa do Albergado e Egresso (CAE), em Salvador, para viabilizar pernoite fora da unidade. O agente foi alvo da segunda fase da ‘Operação Falta Grave’, que cumpriu mandado de busca e apreensão no endereço residencial do suspeito na manhã desta segunda-feira (31).

O policial foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), por crimes de corrupção passiva e associação criminosa ao operar esquema de cobrança de propina dentro da unidade prisional. A 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador recebeu a denúncia e determinou, no último dia 27, o afastamento do agente da função pública.

As evidências contra o denunciado foram obtidas a partir da análise dos materiais apreendidos durante a primeira fase da ‘Falta Grave’, deflagrada em setembro de 2024. As investigações apontam que o policial penal, junto com Nilmar Marcelo Pereira do Vale, Marcos Aurélio Freire da Silva, Valmir Santos Paixão e José Jorge Santos Farias, denunciados durante a primeira fase, cobrava, há anos, valores dos internos da CAE para viabilizar o pernoite ou fins de semana fora da unidade penal.

Esquema

Segundo as investigações do Gaeco, o policial penal recebia valores que variavam entre R$ 20 e R$ 70 o dia, podendo aumentar em caso de fins de semana, feriados ou dias seguidos. Os servidores burlavam os registros de presença dos internos, por meio de assinaturas retroativas dos detentos no livro de presenças em relação ao período em que, na verdade, eles estavam fora da unidade. Os presos do regime fechado e semiaberto em Salvador tinham total conhecimento do esquema e, ao progredirem de regime, procuravam os agentes penais corruptos para se beneficiar.