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Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2024 às 16:14
Mais duas unidades policiais iniciaram o uso das Câmeras Corporais Operacionais (CCOs) em Salvador. As guarnições da 11ª e 13ª Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPMs) adotaram a ferramenta na última terça-feira (30). >
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), 220 equipamentos serão usados pelos efetivos das duas CIPMs, localizadas, respecticamente, na Barra e na Pituba.>
Com as duas, 13 unidades da Polícia Militar em Salvador e na Região Metrolitana fazem uso das câmeras corporais atualmente. Ao todo, são 1.300 CCOs empregadas pela polícia baiana.>
O uso do equipamento começou em maio, após três anos de promessas, com a distribuição de 448 câmeras nas unidades de Pirajá (9ª CIPM), Tancredo Neves (23ª) e Liberdade (37ª). O início da instalação das câmeras ocorreu no mesmo dia em que um ex-policial militar foi condenado por matar o menino Joel durante uma operação em 21 de novembro de 2010 no Nordeste de Amaralina.>
Depois disso, foram contempladas as CIPMs de Pernambués (1ª), Candeias (10ª), Itapuã (15ª), Boca do Rio (39ª), São Cristóvão (49ª) e Lauro de Freitas (52ª). A 1ª CIA do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e o 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Centro Histórico, também estão equipados com as chamadas bodycams.>
As câmeras corporais têm o objetivo de registro transparente e inviolável da atuação das Forças da Segurança. Os equipamentos gravam de forma ininterrupta, após retirada da base de carregamento e colocação na farda.>
Segundo a SSP, as CCOs são destinadas ao uso exclusivo no serviço operacional pelo profissional devidamente capacitado, sendo vedada a sua utilização para captação de imagens e áudios que não sejam de interesse da Segurança Pública.>
Os equipamentos são uma promessa antiga da gestão estadual. No final de 2020, o então governador Rui Costa (PT), atual Ministro da Casa Civil, prometeu a instalação das câmeras ainda em 2021. Rui seguiu com as promessas durante todo o período de 2021, porém o ano novo chegou e o aparelho não foi implementado. >
Em 2022, após a chacina na Gamboa, na qual três pessoas foram mortas em uma ação policial, o governo petista enfrentou pressão da sociedade. A Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) exigiu a presença de câmeras em viaturas e uniformes da Polícia Militar, e o então governador reiterou a promessa de implementar os "bodycams". O ano de 2022 era um ano eleitoral, e o candidato do PT na época, Jerônimo Rodrigues, assegurou que os equipamentos seriam instalados.>
As promessas seguiram em 2023. Atrasos na licitação e na aprovação da empresa vencedora marcaram o processo para viabilizar a implementação das câmeras durante o ano. Ao todo, quatro empresas foram desclassificadas do processo, até a empresa de São Paulo, Advanta Sistema de Telecomunicações e Serviços de Informática, ser anunciada como vencedora da licitação para fornecimento das câmeras corporais no fardamento dos policiais na Bahia.>