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Esther Morais
Publicado em 21 de novembro de 2024 às 12:09
Noventa e dois líderes de organizações criminosas com atuação na Bahia foram presos entre os meses de janeiro e novembro de 2024. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (21), durante coletiva de Balanço das Ações Policiais e de Bombeiros, no Centro de Operações e Inteligência (COI), no CAB.
Entre os criminosos que exercem papel de liderança em grupos envolvidos com homicídios, tráficos de drogas e armas, corrupção de menores, roubos, entre outros delitos, 27 foram encontrados em outros estados. Do total, 22 são integrantes do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).
Mais 77 fuzis foram apreendidos no estado, ante 55 em 2023. A diferença é de 22 armas e representa uma alta de 40% em apenas um ano.
A Bahia é o estado brasileiro com o maior número de facções em atuação no país. A concentração é de 21 organizações criminosas, dentre elas, as mais conhecidas são o Comando Vermelho (CV) e o Bonde do Maluco (BDM). Os dados são de um levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça.
No Brasil, há 88 grupos atuantes dentro de 1.760 pavilhões prisionais. O Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, é a organização criminosa com maior influência nacional, segundo informações do Poder 360. Ela atua em 24 estados e o Distrito Federal, estando fora do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Já o Comando Vermelho (CV) - cuja origem é carioca - está em segundo lugar no ranking de influência e atua nos mesmos estados do PCC, com exceção de São Paulo e Rio Grande do Sul.
A Bahia, portanto, possui quase 1/4 - em porcentagem exata, 23% - das organizações criminosas presentes no Brasil e tem o pior lugar na classificação. Em seguida aparecem Minas Gerais (com 11 facções), Rio Grande do Sul (10) e Pernambuco (7). O Rio de Janeiro está em oitavo lugar, com cinco organizações criminosas.