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Polícia entra em ferro-velho para buscar trabalhadores desaparecidos

Buscas na propriedade foram autorizadas por ordem judicial

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 15:12

Ferro-velho onde Paulo Daniel e Matuzalém trabalham foi palco das buscas pelos jovens
Ferro-velho onde Paulo Daniel e Matuzalém trabalham foi palco das buscas pelos jovens Crédito: Marina Silva/CORREIO

A Polícia Civil está no ferro-velho no bairro de Pirajá, onde os dois jovens, Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matuzalém Lima Muniz, de 25, trabalham e foram vistos pela última vez na segunda-feira (4), antes de desaparecerem. O acesso à propriedade, na tarde desta sexta-feira (08), foi concedido por meio de uma ordem judicial.

Na quinta-feira (7), o Corpo de Bombeiros realizou buscas externas no local, com o auxílio de um cão farejador, que encontrou indícios de que Paulo Daniel esteve no local, mas as equipes só poderiam retornar após autorização para entrar na propriedade. "As equipes da inteligência estão reunidas e várias equipes estão em campo. Detalhes da investigação são mantidos em sigilo para não atrapalhar o trabalho da Polícia", informa a polícia em nota.

As famílias dos jovens suspeitam que o dono do ferro-velho, Marcelo Batista da Silva, tenha envolvimento no desaparecimento. A Polícia Civil, no entanto, não o considera oficialmente suspeito de envolvimento no caso até o momento. Na noite da quinta-feira, a defesa de Marcelo solicitou ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) o habeas corpus preventivo para o empresário. No texto, a solicitação da defesa era de um salvo-conduto 'por figurar o paciente como suposto autor de crime de homicídio'.

Procurada, a defesa de Marcelo informa que não haverá pronunciamento no momento e que aguarda os desdobramentos das investigações. "O processo está em fase de investigação e neste momento não temos nada a declarar, por questão de não ser oportunizado à defesa o direito ao contraditório. No momento oportuno estaremos prestando todos os esclarecimentos e a verdade real dos fatos", diz, em nota ao CORREIO.

O caso está sob investigação da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS).

*Com orientação da subeditora Carol Neves.