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Bruno Wendel
Publicado em 6 de maio de 2024 às 05:00
Às 8h15 desta segunda (6), três policiais devem ser ouvidos no Fórum de Sussuarana, na audiência de instrução da morte do auxiliar de serviços gerais, Carlos Alberto Conceição dos Santos Júnior, de 21, primo do menino Joel. Ele foi atingido por disparo de arma de fogo em 2013, na Rua Aurelino Silva, a mesma em que o garoto teve a vida ceifada.
A audiência é no 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum de Sussuarana, onde 17 testemunhas serão ouvidas pela juíza Gelzi Maria Almeida Souza Matos e o representante do Ministério Público do Estado (MPBA) será o promotor Cássio Marcelo de Melo. Os policiais acusados devem comparecer. São eles: os soldados Iapuran Cerqueira de Souza Júnior, Jeferson Silva França e Diego Luiz Jeferson Silva. Carlos Alberto foi morto no dia 13 de junho de 2013.
Carlos Alberto trabalhava em um hotel e estava de folga. Ele saiu para encontrar alguns amigos quando foi morto durante uma abordagem da polícia. Na ocisão, a Polícia Militar disse que uma viatura fazia ronda padrão no local quando foi recebida a tiros por oito homens, iniciando um tiroteio, que um homem foi baleado e socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), acabou morrendo.
A PM informou ainda que com ele foram apreendidos um revólver calibre 38 e pedras de crack. “Meu filho era trabalhador. Eles quiseram manchar a imagem dele, depois que perceberam que ele não era bandido. Eu durmo no sofá, para não ter que passar pelo quarto do meu filho. Tem muita coisa dele ainda que eu deixei intactas, não consegui ainda desapegar. Meu desejo era ter meu filho, mas isso não vai acontecer, então desejo agora é que quem fez isso com o meu filho tenha o que merece”, desabafou Rita de Cássia, mãe de Carlos Alberto.
O CORREIO pediu um posicionamento sobre a audiência de instrução e ainda perguntou se os policiais estão afastados à Polícia Militar do Estado (PMBA) e à Secretaria de Segurança Pública (SSPBA), mas até o momento não houve resposta. O espaço segue aberto.
A audiência do caso do primo de Joel acontece no mesmo dia do júri dos PMs acusados de matar o menino de 10 anos.