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Esther Morais
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 07:30
Os dois policiais militares presos em cumprimento de mandado durante a Operação Indignos, realizada pela Polícia Civil na última quinta-feira (9), seguem à disposição da Justiça. A dupla é apontada como liderança de um grupo criminoso com casos de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, extorsão e sequestro em Salvador.
Um dos agentes foi preso no Paraná, onde permanece. O outro foi detido na capital baiana, encaminhado primeiramente para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e, em seguida, para a Coordenação de Custódia Provisória (CCP) do Batalhão de Choque. O militar já passou por audiência de custódia e segue preso preventivamente.
A Polícia Militar informou que a ocorrência está em apuração administrativa pela Corregedoria da corporação.
Os dois policiais militares que foram presos na operação são soldados que trabalhavam em Salvador, em duas companhias diferentes. Os PMs exerciam função de liderança no grupo criminoso. Os nomes deles não foram divulgados.
Um dos PMs estava no Paraná, viajando, quando foi localizado e preso. O outro estava preso em casa, na capital baiana. Segundo a investigação, os dois desviavam parte das drogas apreendidas em ações policiais. Eles são ligados a um grupo criminoso, para o qual repassavam as drogas apreendidas de rivais.
As investigações, iniciadas pela Delegacia Especializada Antissequestro (DAS), revelaram o modus operandi do grupo. A extorsão com morte servia para encobrir outras atividades ilícitas, como tráfico de drogas e lavagem de capitais - ainda não há detalhes de como era feito. O esquema criminoso movimentou cerca de R$ 150 milhões ao longo de três anos.
Ao todo, foram oito presos, contando dois detidos em flagrante com armas e drogas. A polícia pediu encaminhamento de todos os presos de fora do estado para a Bahia, local dos crimes.