PMs envolvidos em morte de subtenente que fazia segurança de ACM Neto são ouvidos

Os 13 policiais militares envolvidos na ação que causou a morte do subtenente Alberto Alves dos Santos, 51, estão prestando depoimento na Vara de Auditoria Militar, em Salvador, nesta quinta-feira (5). A vítima fazia a segurança de ACM Neto durante as eleições de 2022, quando foi morta em um hotel na cidade de Itajuípe, no sul da Bahia. 

Os policiais militares são acusados de execução e tentativa de homicídio. No hotel, além do subtenente, estava o sargento Adeilton Rodrigues D'Almeida, outro integrante da equipe de segurança de ACM Neto durante a campanha eleitoral. Ele foi atingido por cinco disparos e sobreviveu. 

O julgamento foi iniciado no ano passado. Em julho de 2023, Adeilton Rodrigues e outras duas testemunhas que estavam no local do crime foram ouvidos pela Justiça. A denúncia foi formalizada junto à Justiça Militar em junho de 2023. 

A pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), cinco dos acusados foram suspensos do exercício de função pública. Vídeo gravado pela câmera de segurança da pousada mostra que a vítima foi executada enquanto estava rendida pelos policiais. 

Na época do crime, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) disse que a ação dos policiais que estão sendo julgados teve início com as buscas por um assaltante de banco. André Marcio Jesus, conhecido como Buiu, estava foragido após receber o benefício de saída temporária e não voltar ao Complexo Penitenciário de Lauro de Freitas. 

Durante a operação de busca em Uruçuca, cidade do sul baiano, os policiais foram informados sobre a presença de homens armados em um hotel em Itajuípe. Eles eram Alberto Alves dos Santos e Adeilton Rodrigues D'Almeida, que faziam a segurança de ACM Neto. 

A partir desse momento, as versões se contradizem. Enquanto a denúncia afirma que os dois homens não reagiram durante a ação, a Secretaria de Segurança Pública diz que os seguranças, armados, reagiram quando os policiais militares se aproximaram. Alberto Alves foi morto e Adeilton Rodrigues sobreviveu aos cinco disparos sofridos. 

Um vídeo gravado pelas câmeras de segurança da pousada mostra que o subtenente Alberto Alves foi executado após ser rendido. Ele utilizava apenas uma cueca no momento da ação. O segurança estava agachado junto à porta quando foi alvejado pelos tiros e morreu. Seu corpo foi carregado, em seguida, pelos agentes para um camburão.