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Wendel de Novais
Publicado em 20 de março de 2024 às 11:16
O policial militar Vagner Nunes Costa, morto a tiros na Rua Natanael Palma, no bairro de Periperi, na noite de terça-feira (19), teria sido vítima de uma emboscada. De acordo com fontes da polícia, a vítima teria sido atraída ao local por uma ligação quando estava jogando futebol em um campo na Praça do Sol, a mais de 200 metros do local do crime.
"Ele foi executado naquela rua [Natanael Palma], nas imediações da Praça da Revolução. Porém, ao longo da noite, estava jogando bola no campo que tem ali na Praça do Sol, também em Periperi. O que foi passado é que ele recebeu uma ligação e foi até lá. Então, foi atraído para uma emboscada", relata a fonte, sem se identificar.
Ainda de acordo com a fonte, o fato de não terem levado os pertences do policial provam a execução. "Se fosse roubo, pegariam a moto que ficou no chão e os pertences deles. Os bandidos chegaram, atiraram e deram a volta", fala a fonte, sem saber detalhar se a arma do policial foi levada pelos bandidos na ação.
Vagner era lotado na 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), na Barra e estava na corporação desde 2009. No entanto, era morador da região de Periperi. Para a Polícia Civil, há indícios que ele sofreu uma tentativa de assalto e foi morto. Nas ruas do bairro, no entanto, moradores disseram não acreditar na possibilidade. "Aqui, assalto é muito raro. O próprio tráfico proíbe e vai atrás se alguém fizer isso. Do jeito que estava no vídeo, não foi assalto porque ele nem virou direito e atiraram. Não teve reação. Só seria roubo se alguém de outra facção quisesse trazer problema para cá", conta um morador, que não revela o nome.
Vagner chegou a ser socorrido por policiais da CIPT Rondesp BTS para o Hospital do Subúrbio, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. No local onde o policial foi morto, ainda na manhã desta quarta-feira (20), era possível ver marcas de tiro e sangue no local.
Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte e disse que está prestando apoio à família. "O soldado Vagner Nunes, que fazia parte da corporação desde 2009, deixa esposa e uma filha de 9 anos, que estão, neste momento difícil, recebendo o apoio da 11ª CIPM, unidade do militar, e do Departamento de Promoção Social da PM".