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Plano para remover coral invasor da Baía de Todos-os-Santos é definido e contará com voluntários

Coral invasor ameaça a biodiversidade local

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 11:41

Octocoral se espalha com rapidez na Baía de Todos-os-Santos
Octocoral se espalha com rapidez na Baía de Todos-os-Santos Crédito: Matheus Landim/GOVBA

Após missão realizada na Baía de Todos-os-Santos, especialistas definiram como será o combate ao coral invasor que ameaça a região. Em janeiro, o CORREIO acompanhou a visita à Ilha de Itaparica, onde a espécie se multiplica com rapidez. O plano de combate contará com quatro etapas e envolverá voluntários. 

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema), a ação ocorrerá entre fevereiro e março. Serão realizadas capacitação de pescadores e mergulhadores, remoção do coral, monitoramento e mapeamento de outras áreas afetadas. 

O treinamento será feito entre 14 e 21 de fevereiro para explicar os procedimentos para a remoção do coral na marina da Ilha e em áreas próximas à Ilha do Medo.

Octocoral é natural do Oceano Pacífico e foi identificado no Rio de Janeiro, na década de 1990
Octocoral é natural do Oceano Pacífico e foi identificado no Rio de Janeiro, na década de 1990 Crédito: Matheus Landim/GOVBA

O octocoral de aparência flexível e carnosa é denominado Chromonephthea braziliensis. Pesquisadores acreditam que a espécie foi trazida à Bahia por plataformas de petróleo vindas do Rio de Janeiro. Por não ser natural da Baía de Todos-os-Santos, o coral não possui predador natural e ameaça os animais existentes

Remoção 

Na terça-feira (4), após a última expedição de monitoramento, foram definidas as estratégias para remoção do coral invasor. O método adotado inclui a remoção manual, aliada à limpeza minuciosa do local e, quando necessário, à aplicação de sal ácido para garantir a eliminação completa da espécie.

"A remoção manual será o método principal, mas é essencial realizar a limpeza do local com uma escova de aço para evitar a regeneração e o surgimento de novos bioinvasores. Além disso, fragmentos soltos podem ser levados pela correnteza e dar origem a novas colônias em outras áreas", explica o pesquisador Rodrigo Maia.

Segundo a oceanógrafa da Coordenação de Ações Estratégicas da Sema, Mariana Fontoura, após a remoção do octocoral na região da marina de da ilha de Itaparica, serão realizadas campanhas mensais de monitoramento. 

Se bem sucedido, o projeta será pioneiro em combater uma espécie invasora na região. A força-tarefa reúne integrantes do  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), da Marinha, da Capitania dos Portos da Bahia e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Além de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Centro Universitário Senai/Cimatec e ONG Pró-Mar.