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Picada de escorpião pode matar: saiba o que fazer diante de um acidente

Só este ano, 21 pessoas morreram após serem picadas pelo animal peçonhento

  • Foto do(a) author(a) Raquel Brito
  • Raquel Brito

Publicado em 17 de julho de 2024 às 07:00

Salvador registrou 21 casos de picada de escorpião em seis meses
Salvador registrou 21 óbitos por picada de escorpião este ano Crédito: Shutterstock

Dor aguda, dormência e inchaços. Essas são algumas das reações causadas por picadas de escorpiões, mas acidentes com esse animal peçonhento podem levar à morte. Só este ano, até a última segunda-feira (15), foram 21 óbitos em todo o estado, de acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Isso acontece porque o veneno dos escorpiões tem ação neurotóxica, ou seja, atua nas terminações nervosas, explica o professor Artur Dias Lima, doutor em Biologia Parasitária, docente de ecologia médica da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

“Além de forte dor no local da picada, pode atingir o sistema nervoso fazendo com que a pessoa pare de respirar, causando asfixia”, afirma.

No estado, são mais frequentes duas espécies: o escorpião-do-nordeste (Tityus stigmurus) e o amarelo (Tityus serrulatus). Apesar de todo escorpião ser venenoso, o especialista explica que o veneno do amarelo tem maior toxicidade e é mais potente quando picam humanos.

A estudante Sarah Deily, de 23 anos, passou por momentos de desespero após uma picada de escorpião na sua casa, em Feira de Santana, em 2016.

“Havia chegado de um evento de noite e fui preparar a cama para dormir. Minha cama ficava muito perto da parede e, quando fui arrumar o lençol, senti uma picada e uma dor aguda logo em seguida. O bicho estava na parede ao lado da minha cama”, conta.

Ela, que cresceu ouvindo histórias sobre o perigo dos animais peçonhentos, não pensou duas vezes antes de ir ao hospital. Decisão correta, segundo explicação do diretor do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox-BA), Jucelino Nery.

O especialista afirma que, em caso de picadas, o ideal é, antes de tudo, tentar se acalmar, lavar com água e sabão o local atingido e não passar mais nada antes de levar a vítima para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou outra unidade de saúde mais próxima de onde aconteceu o acidente.

“E, caso o animal tenha sido capturado ou fotografado, levá-lo ou as fotos para identificação. O médico irá tratar adequadamente e utilizar o soro antiveneno se necessário”, indica.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro.