Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

PF deflagra operação contra grupo miliciano em Feira de Santana

Grupo é especializado na lavagem de dinheiro proveniente de jogo do bicho, agiotagem, extorsão e outros crimes

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2024 às 11:11

Operação da Polícia Federal
Operação da Polícia Federal Crédito: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Especial Integrada (Force) e a Corregedoria da Polícia Militar deflagraram, nesta terça-feira (9), a Operação Hybris, cujo objetivo é desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro proveniente de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outros crimes, atuante em Feira de Santana e cidades vizinhas.

Foram cumpridos um mandado prisão preventiva, 17 mandados de busca e apreensão, bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados, além da suspensão de funções públicas de cinco policiais militares e a suspensão de atividades econômicas de uma empresa, em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.

Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 13 Auditores-Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal.

A operação é um desdobramento da operação El Patrón deflagrada em sete de dezembro de 2023, que cumpriu dez mandados de prisão preventiva, trinta e três de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

Um dos investigados foi beneficiado, em dezembro, com a prisão domiciliar, e, com o aprofundamento das investigações, foi necessário o seu retorno à prisão.

Segundo a Polícia Federal, o chefe da Orcrim possui foro por prerrogativa de função. Desde 2018, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau em caso cometimento de crimes antes da diplomação do cargo e desconexo a ele.

A Receita Federal produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

Nessa nova fase da operação, verificou-se a participação de outros cinco policiais militares do estado da Bahia, inclusive de um tenente-coronel, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de fazer a segurança das variadas atividades ilícitas desenvolvidas pela Orcrim, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores angariados em decorrência de infrações penais.

A deflagração da operação contou com o apoio do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO).

A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão ao conceito grego Hybris, o qual significa tudo que passa da medida, aludindo a uma confiança excessiva, orgulho exagerado, arrogância ou insolência que com frequência termina sendo punida.