PF cumpre mandados na Bahia para desarticular grupo responsável por lavar mais de R$ 5 bilhões

Investigações identificaram transações suspeitas com movimentação decorrentes de atividades ilícitas

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Publicado em 2 de julho de 2024 às 17:32

Polícia Federal Crédito: Divulgação

A Polícia Federal deu início, nesta terça-feira (2), a Operação Terra Fértil, para descapitalizar o patrimônio e desarticular uma organização criminosa com atuação no tráfico internacional de drogas. Cerca de 280 policiais federais cumprem 9 mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão na Bahia, em Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Goiás. Criminosos podem ter movimentado mais de R$ 5 bilhões no período de 5 anos.

Além dos mandados, outras medidas cautelares foram adotadas, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte.

Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas a ele associadas faziam parte de uma rede que cometia delitos, visando ocultar o patrimônio resultante da prática de crimes, como o tráfico internacional de drogas.

O homem já havia sido alvo de investigação da PF em outras ocasiões; há suspeitas de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos Cartéis Mexicanos.

Modus Operandi do grupo

Durante as investigações, constatou-se que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema Caged, e adquiriam por meio dessas empresas imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social.

Os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios a anos, alguns até receberam auxílio emergencial.

A PF também constatou que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.

Estima-se que o montante dos valores ilegalmente movimentados pela organização criminosa atinge a quantia de mais de R$ 5 bilhões no período de pouco mais de 5 anos.