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PF baiano preso por envolvimento em plano para matar Lula trabalhou no governo do PT baiano

Wladimir Matos foi exonerado em 2008

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Elaine Sanoli

  • Wendel de Novais

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 17:27

Wladimir Matos Soares, policial federal
Wladimir Matos Soares, policial federal Crédito: Reprodução

O policial federal baiano Wladimir Matos Soares, preso por suspeita de envolvimento no plano de golpe que tinha por objetivo assassinar o presidente Lula, atuou durante o mandato do ex-governador e atual senador Jaques Wagner (PT), gestor da Bahia de 2007 a 2014. Ele era Coordenador I da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança da Bahia (SSP-BA). A publicação de exoneração de Wladimir foi publicada em março de 2008. 

A SSP-BA foi procurada pelo CORREIO, mas não comentou sobre o caso. 

Conhecido como Mike Papa, o policial foi criado no bairro de Roma, na Cidade Baixa de Salvador. No entorno de onde morava, ele era considerado um "herói" pelos amigos e vizinhos. "Sempre foi um cara do bem, trabalhador e considerado um herói pelo trabalho na polícia. Todo o pessoal aqui o admira e se assustou com a notícia", contou um homem ao CORREIO.

Ele foi preso na última terça-feira (19), durante a Operação Contragolpe. Entre os cinco presos na Operação Contragolpe da Polícia Federal, Mike Papa é o único que não é um militar. Os outros quatro são o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Eles, inclusive, são integrantes das Forças Especiais do Exército, conhecidos como "kid pretos" e altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.

O chamado "Punhal Verde e Amarelo" era um plano, datado de 2022, para matar o presidente da república eleito, Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckimin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.