Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

'Pediram R$ 80 mil': Tchaca acusou Judiciário de extorsão antes de ser preso

PM influencer é um dos presos em operação contra lavagem de dinheiro

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 10 de abril de 2025 às 11:58

Tchaca
Tchaca foi preso em operação contra lavagem de dinheiro Crédito: Reprodução

Além de revelar que estava sendo alvo da segunda fase da Operação Falsas Promessas, que acabou na sua prisão, o policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, o Tchaca, fez acusações contra ‘pessoas do judiciário baiano’. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o PM afirmou que estava sendo alvo de extorsão para que não fosse preso na operação.

“Desde o mês de novembro que eu venho sofrendo uma tentativa de extorsão por parte de algumas pessoas do judiciário baiano. Recebi uma lista de policiais que, teoricamente, serão presos ou haverá busca e apreensão em sua residência. E, nessa lista, consta meu nome. Pediram R$ 80 mil por cada policial para que não houvesse a prisão”, disse Tchaca, em vídeo gravado dentro do carro.

Ao contar para os seus seguidores que estaria sendo alvo de extorsão, o policial militar divulgou um print de aplicativo de mensagens onde a lista teria sido enviada. Na imagem, entretanto, ele borrou o nome dos outro policiais que fariam parte da lista. Dos 24 presos na operação, nove são policiais militares. Dentre os nove, cinco eram soldados, dois eram sargentos e outros dois eram cabos da PM.

No mesmo vídeo, Tchaca afirmou que não pagaria a suposta extorsão e que, se fosse preso, seria por isso. “Não vou pagar valor algum. Primeiro porque eu não tenho e segundo porque eu não cometi nenhum tipo de crime”, garantiu. Em seguida, o PM supôs que a investigação seria por conta de transferências feitas pelo rifeiro Ramhon Dias, que é apontado como um dos líderes da organização criminosa.

“Pelo que falaram, é algum valor, algum Pix que Ramhon fez para mim e para alguns policiais, o que entendo que é normal. Eu entendo que, se há o que se averiguar, deveria ser chamado para ser ouvido e não montar uma megaoperação, ‘haja vista’ o meu posicionamento político”, argumentou Tchaca.

Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, o Tchaca
Tchaca era conhecido por apresentar podcast policial Crédito: Reprodução

A investigação apontou que os policiais presos na operação cuidavam da segurança para os envolvidos do esquema, que contava com influencers e rifeiros. Fábio Lordello, diretor do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), detalhou a atuação dos PMs no esquema

"Os policiais militares entravam tanto nesse apoio, que se beneficiavam dessa movimentação financeira, a fluxo de capital entre esses policiais militares, e parte dos membros da organização criminosa, principalmente os líderes", diz. "Havia muita circulação de alguns alvos centrais dessa operação, que circulavam pelo estado da Bahia e fora do estado, sempre com apoio e com a segurança desses PMs”, completou.

Segundo a investigação, o grupo criminoso movimentou R$ 680 milhões. Até agora, 24 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso.