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Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2023 às 14:38
O prefeito Bruno Reis comentou a situação do bairro de Valéria, que está com aulas suspensas e circulação de ônibus limitada, durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18). Ao ser questionado sobre o momento do bairro e como combateria a ação de facções criminosas por lá, o gestor garantiu que, se fosse ele o governador, solicitaria o apoio do exército para lidar com o caso, já que um policial federal foi morto durante uma operação no bairro na última sexta-feira (15).
"Se eu fosse governante, pediria o apoio do exército sob a minha liderança para acabar com as guerras de facções. Deixaria o exército lá [em Valéria] atuando para garantir a tranquilidade e iria avançando em outros locais. Porém, cada governo tem sua estratégia e sua forma de proceder", falou Reis.
O prefeito lembrou ainda o caso recente do Calabar/Alto das Pombas como argumento para essa solicitação de apoio das forças armadas. "No meu Calabar, onde houve confrontos, o exército está atuando e garantindo a segurança e eu não vejo nada demais nisso. Agora, sob a liderança da maior autoridade do estado. Buscar apoio e pedir reforço não é um ato de fraqueza", argumentou.
Em coletiva dada sobre os confrontos armados no Calabar/Alto das Pombas, o titular da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, já havia negado a possibilidade de pedir reforço da escala federal. "Negativamente, de forma alguma. A gente mostra pelas ações de inteligência e investimentos que há um avanço na melhora da segurança pública do estado", afirmou na época.
Por sua vez, em evento na tarde desta segunda-feira, o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior também rechaçou a ideia. "Sabemos que [a intervenção do exército em Valéria] não é a solução. Temos que deixar de lado os aspectos político-partidários, temos que pensar no nosso povo, nesses homens e mulheres que saem das suas casas e não vão voltar. [...] Nós estamos apurando as mortes ocorridas em Valéria e intensificando o policiamento e ações da Polícia Militar. Eu peço que a sociedade civil confie na nossa polícia e no nosso governo", disse.