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Passageira denuncia racismo em aeroporto de cidade baiana: 'Fui constrangida'

Bagagem foi vistoriada sem a presença da cliente

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 13 de abril de 2025 às 18:40

Episódio ocorreu no Aeroporto de Porto Seguro
Episódio ocorreu no Aeroporto de Porto Seguro Crédito: Reprodução

Uma passageira denuncia que foi vítima de racismo institucional durante uma abordagem no Aeroporto de Porto Seguro, no sul da Bahia. O episódio ocorreu no sábado (12), quando a jornalista Daniele de Jesus retornava de uma viagem de trabalho com cinco colegas. Ela conta que um funcionário suspeitou da sua bagagem, e realizou uma vistoria sem que a passageira estivesse presente. 

"Ele perguntou o que havia na minha mala e eu disse que tinha roupas, sapatos, objetos de uso pessoal e uma obra de arte, que adquiri na viagem. Ele disse que, devido ao peso, parecia que havia algo suspeito ou ilícito, e que levaria a bagagem para o raio-X. Eu disse que queria acompanhar, mas ele levou a mala para uma área reservada, sem que eu tivesse acesso", conta Daniele. 

A passageira ficou com medo que algum objeto fosse inserido na bagagem durante a inspeção. "Eu viajo o tempo inteiro a trabalho e nunca fui abordada dessa forma por nenhuma companhia aérea. Eu fiquei sem atitude, constrangida. Falei para o funcionário que o que ele fez não foi correto, que eu deveria ter acompanhado o procedimento", relata. O episódio provocou uma discussão entre passageira e funcionário, até que o gerente da Azul Linhas Aéreas foi chamado. 

Segundo Daniele, o gerente pediu desculpas pela atitude do funcionário, que informou não ter encontrado nada ilícito na bagagem. Ao chegar em Salvador, a passageira registrou um boletim de ocorrência.

"Nós ouvimos autores falando sobre racismo institucional, mas as pessoas ainda não entendem a seriedade disso. Eu me senti fragilizada e constrangida. Por mais preparada que as pessoas estejam para combater o racismo, nós ainda ficamos sem poder de reação quando acontece com a gente", afirma. 

A passageira ressalta ainda que os colegas que estavam com ela não foram abordados da mesma forma que ela, uma mulher negra, foi. A reportagem entrou em contato com a Azul, que enviou nota em que diz ser contra qualquer tipo de discriminação (veja o posicionamento completo abaixo). 

A companhia afirma ainda que o episódio seguiu os protocolos estabelecidos pela empresa quando um passageiro se recusa a abrir a bagagem. "Qualquer cliente é elegível a esse procedimento padrão, de acordo com Manual de Procedimentos de Segurança da Azul e em conformidade com a instrução suplementar da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]", completa

Veja o posicionamento da Azul 

"A Azul repudia veementemente todo e qualquer tipo de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional.

A Companhia esclarece que o atendimento da Cliente em questão aconteceu de forma protocolar após a apresentação de uma bagagem suspeita e a recusa da abertura para apresentação do conteúdo. Por isso, foi solicitada a inspeção através do raio-x.

Qualquer Cliente é elegível a esse procedimento padrão, de acordo com Manual de Procedimentos de Segurança da Azul e em conformidade com a instrução suplementar da ANAC, em função de restrições de itens que podem ser embarcados no porão da aeronave, por motivos de segurança.

Todo o processo foi explicado e devidamente acompanhado pela Cliente. A Azul destaca que tem a excelência como padrão de atendimento, e toda a Tripulação é orientada e treinada para combater qualquer ato de discriminação. Da mesma forma, a Companhia reitera que tem a segurança como valor primordial de suas operações".