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Perla Ribeiro
Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 11:48
A inflação registrada em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador, desacelerou e fechou em 0,38%, no entanto, continua sendo a quarta mais alta do país. O aumento foi resultado de altas em cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O que mais pesou no bolso das famílias da RMS no período foram os produtos dos segmentos de alimentação e bebidas, que ficaram 1,81% mais caros, registrando a maior alta no mês. >
A alta registrada no preço dos alimentos em janeiro na região é a maior desde abril de 2022 (2,22%) e, segundo dados do IBGE, foi puxada principalmente pelo aumento dos produtos comprados para consumo em casa (2,13%). Entre os vilões da alimentação, aparecem o tubérculos, raízes e legumes (17,69%) como o tomate (39,65%), a cebola (30,42%) e a cenoura (60,55%), item que mais aumentou entre as centenas de pesquisados mensalmente para compor o índice de inflação. A alta do café moído (7,58%) também foi relevante para o resultado do grupo.>
Por outro lado, produtos como a batata-inglesa (-21,84%), ovo de galinha (-3,89%) e costela (-1,54%) apresentaram importantes quedas e seguraram a alta geral dos alimentos na RM Salvador em janeiro. O grupo dos transportes (1,22%) registrou o terceiro maior aumento médio de preços e deu a segunda maior contribuição para o aumento do IPCA na RM Salvador no mês.>
O resultado se deu, principalmente, pela alta do transporte público (4,15%), e em especial, do ônibus urbano (6,00%), item que, individualmente, exerceu a maior pressão inflacionária na região no mês, por conta do reajuste de 7,69% no valor da tarifa em Salvador, que ocorreu no dia 4 de janeiro. A passagem aérea (10,63%) também registrou importante aumento de preços.>
Por outro lado, dentre os quatro grupos com queda média de preços em janeiro na RM Salvador, a habitação (-3,41%) teve a maior redução e deu a maior colaboração para segurar a inflação na região. O grupo registrou a maior queda mensal de preços na região em 30 anos, desde o início do Plano Real, em julho de 1994. O resultado se deu, principalmente, pela forte redução do preço da energia elétrica residencial (-13,02%), que se deu pela incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro.>
Já o grupo vestuário (-0,40%) registrou a segunda maior queda média de preços e deu a segunda maior contribuição para segurar o IPCA na RM Salvador, influenciada principalmente pela roupa infantil (-1,69%).>