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Gilberto Barbosa
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 22:00
Uma operação realizada, nesta sexta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na apreensão de 27 artefatos indígenas confeccionados com partes de 47 espécies nativas ameaçadas de extinção. >
As espécies nativas foram usadas na confecção dos itens, que estavam em uma galeria de arte localizada no Pelourinho. Entre as peças apreendidas estão lanças, cocares, quadros e máscaras de rituais. Segundo o Ibama, o material apreendido será submetido à perícia para identificação detalhada, e os responsáveis responderão por crimes ambientais. >
“Além das implicações legais, essa prática representa um grave prejuízo ambiental, contribuindo para a redução populacional de espécies já ameaçadas, desequilíbrios ecológicos e a perda da biodiversidade. O tráfico de fauna impulsiona a caça ilegal, o que pode levar à extinção de determinadas espécies e comprometer todo um ecossistema”, afirmou o órgão, em nota. >
De acordo com informações da TV Bahia, o dono da loja, que ainda não foi localizado, será multado em R$ 520 mil. Cada peça usava partes de ao menos duas espécies diferentes como gavião, papagaio, arara azul e canindé. >
As espécies compõem a lista oficial da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites). A comercialização de produtos derivados da fauna silvestre configura crime ambiental, conforme o Artigo 24 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). >
“A operação faz parte do esforço contínuo do Ibama para combater o tráfico de animais e a exploração indevida da biodiversidade nacional. O Ibama reforça a importância da denúncia e da conscientização da população para a preservação da fauna brasileira e a valorização do comércio sustentável e legalizado”, completa o Ibama. >