“O preço é inviável para quem não tem uma renda adequada”, afirma protetora sobre os cuidados com animais

A expectativa é reduzir em até 60% os custos com novo Hospital Municipal Veterinário

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  • Gilberto Barbosa

Publicado em 26 de março de 2024 às 07:30

Hospital Municipal Veterinário
Hospital Municipal Veterinário Crédito: Marina Silva/CORREIO

Cuidar de cães e gatos não é uma tarefa fácil. A necessidade de fazer o atendimento em clínicas particulares torna a atividade custosa para tutores e protetores dos animais. Procedimentos com exames, cirurgias e consultas podem chegar a quase R$2 mil. Com a chegada do novo Hospital Municipal Veterinário de Salvador, inaugurado nesta segunda-feira (25), eles esperam diminuir os gastos e cuidar dos pets da melhor forma possível.

A administradora Edneide Lima é voluntária da Associação Baiana de Proteção Animal (ABPA) que cuida de cerca de 400 cães e gatos no Abrigo São Francisco de Assis, em Salvador e reforça a importância onde os animais possam ser cuidados gratuitamente.

“É importante ter um espaço onde esse protetor possa conseguir um atendimento diário e digno a animais que tenham sofridos acidentes ou maus tratos e se recuperar da melhor forma. Muitas vezes, os protetores usam recursos próprios para pagar as consultas, exames e as cirurgias”, disse.

Ela também conta que costuma arcar com os cuidados. No entanto, alguns voluntários se endividam para conseguir arcar com os custos dos cuidados dos animais, chegando a pedir ajuda a vizinhos e parentes para o pagamento. O sentimento de impotência é comum entre aqueles que não conseguem ajudar os pets.

“O preço é inviável para quem não tem uma renda adequada principalmente em casos de doenças mais graves e acidentes. Uma das protetoras resgatou um gato que tinha sido atropelado e precisou fazer ultrassonografia, raio-x e cirurgia na coluna. Tudo isso custou mais de R$10 mil”, completou.

Nas redes sociais da protetora Patruska Barreiro Há 29 anos, ela fundou o Instituto Patruska de Proteção aos Animais e Preservação do Meio Ambiente, que atende cerca de 200 cães e gatos em situação de rua ou colônias. Ela conta que gasta cerca de R$30 mil mensais com os cuidados dos animais e espera economizar cerca de 60% do valor com a chegada do novo hospital.

“O maior custo é de cirurgias e internamento. Nós fazemos campanhas de doação e temos parcerias com clínicas de Salvador e Região Metropolitana. Esse hospital é uma luta da Proteção Animal há mais de 12 anos, uma necessidade imensa da população carente de Salvador, dos Protetores e ONGs de Animais que não tem condições de arcar com os custos de atendimentos veterinários em clínicas particulares”, afirmou.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo