Novo Centro Cirúrgico do Santa Izabel tem capacidade para 1.300 atendimentos por mês

Área nova foi inaugurada na tarde desta quinta-feira (13)

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  • Raquel Brito

Publicado em 13 de junho de 2024 às 19:58

Nova área conta com mais ferramentas tecnológicas
Nova área conta com mais ferramentas tecnológicas Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Com capacidade para procedimentos complexos e cirurgias robóticas, foi inaugurado na tarde desta quinta-feira (13) o novo Centro Cirúrgico do Hospital Santa Izabel (HSI). O novo espaço abriga oito salas cirúrgicas, Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) e estar médico – a área dedicada ao descanso dos profissionais em plantão.

Com a nova área, o Santa Izabel passa a contar com 15 salas cirúrgicas no total. Na recém-inaugurada, serão feitos procedimentos de todas as especialidades, como cirurgias cardíacas, oncológicas e bariátricas.

Hoje, o volume cirúrgico do HSI é um dos maiores da rede hospitalar do Norte e Nordeste do país. São cerca de 40 cirurgias por dia. O hospital abrange pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), privados e de operadoras de saúde suplementar.

O secretário de Saúde de Salvador, Alexandre Reis, marcou presença na inauguração. Para ele, esse é um dia de comemoração para o SUS. “A Santa Casa é uma parceira de longa data da Prefeitura de Salvador, com grandes convênios firmados entre nós. Com essas novidades, expande bastante a capacidade instalada deles, de uma forma que capacita as cirurgias a serem mais rápidas, e trazendo inovações para o Nordeste”.

Provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, responsável pelo Hospital Santa Izabel, José Antônio Rodrigues conta que a ampliação era um desejo antigo que se tornou realidade. “É um centro extremamente moderno. A ideia é que a gente possa atender toda a nossa demanda de chamados cirúrgicos e diminuir a espera que existe hoje, atendendo todos os pacientes, como é a tradição da Santa Casa”.

O novo centro será integrado ao já existente por uma passarela, de forma a garantir a conexão entre os dois. Um dos destaques é dispor de duas salas compartilhadas para procedimentos de cirurgias assistidas por robôs, o que torna o Santa Izabel o primeiro hospital do Norte e Nordeste a ter dois exemplares do aparelho. O HSI faz cirurgias robóticas desde 2019 e, desde então, já realizou mais de 2.500 procedimentos do tipo.

Uma das salas com robôs é equipada para ensino, com dois consoles para controle do equipamento. Isso permite que um médico que ainda está aprendendo faça a cirurgia através de um console e o professor fique no outro para interferir e corrigir, caso seja preciso.

Responsável pelo Programa Cirurgia Robótica do HSI, o cirurgião Jorge Matheus Campos explica que a expansão foi necessária porque o centro cirúrgico existente ficou pequeno para a dimensão do hospital.

“Nós estamos ampliando a capacidade. Hoje, o hospital tem uma parcela de SUS e uma parcela de convênio, é 20% SUS e 80% convênio. E, por falta de demanda, nós não conseguimos dar vazão a essa quantidade de pacientes. Nossa capacidade agora vai aumentar em 30%, vamos pular para 1.300 cirurgias por mês”, diz.

Também há plataformas de imagem digital, que possibilitam o acompanhamento e gerenciamento de intervenções para ensino e pesquisa e favorecem uma melhor abordagem, sobretudo nas intervenções mais complexas.

Outra novidade é a sala de indução anestésica, onde o paciente é levado antes da cirurgia. De acordo com Campos, realizar a anestesia em uma sala própria em vez da sala cirúrgica agiliza o processo, fazendo com que o paciente espere menos antes do procedimento.

A nova unidade faz parte de conjunto de investimentos estratégicos que vem sendo executado na área oncológica pelo hospital com o grupo Oncoclínicas. Parte desse projeto inclui também a inauguração, ainda no mês de junho, do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO).

Segundo Clarissa Mathias, chefe do Serviço de Oncologia do HSI e líder do Cancer Center, as novas salas cirúrgicas representam um novo parque tecnológico para os cirurgiões. “Nós temos hoje dois robôs, que é a maneira mais nova e mais moderna de operar de forma mais precisa. Com capacidade de ensino, que é um dos pilares da Santa Casa também”, diz.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro