No 1º de Maio em Salvador, servidores cobram dos governos petistas melhorias na carreira

Reunião de centrais sindicais aconteceu no Farol da Barra na tarde desta quarta-feira

  • Foto do(a) author(a) Raquel Brito
  • Raquel Brito

Publicado em 1 de maio de 2024 às 20:49

Professora Celi Taffarel foi às ruas por melhores condições trabalhistas
Professora Celi Taffarel foi às ruas por melhores condições trabalhistas Crédito: Paula Froes/CORREIO

Servidores cobraram nesta quarta-feira (1º) dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Jerônimo Rodrigues, ambos do PT, reajuste salarial e maior orçamento para as universidades públicas, durante ato pelo Dia do Trabalhador realizado no Farol da Barra, em Salvador.

Professora na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Celi Taffarel disse que a mobilização servia para relembrar aos governos petistas o motivo de os eleitores terem votado neles. “Nós queremos as nossas reivindicações atendidas. E as reivindicações da maioria da população são mais e melhores serviços públicos. Na saúde, na habitação, no transporte, na mobilidade. Por isso é importante a luta”, declarou.

Os professores da Ufba estão em greve desde o início desta semana. A educadora disse que o esforço da categoria é por melhores condições de trabalho e pela permanência dos estudantes na universidade, o que, segundo ela, só acontecerá com mais verba destinada ao Ensino Superior.

“Os tetos estão caindo na nossa cabeça, não tem ar refrigerado para que os estudantes permaneçam conosco por quatro horas direto ou o dia inteiro estudando. Nós estamos reivindicando salário, porque não temos recomposição há sete anos. Sem recomposição salarial, o nosso poder de compra cai. Nós temos que comprar livros, material de informática, ir para eventos. Nosso salário não dá mais, isso desqualifica o nosso trabalho”, afirmou.

As reivindicações de Celi Taffarel ecoaram nas palavras de outros trabalhadores, como do servidor federal Marivaldo dos Reis. Ele foi ao Farol da Barra ajudar a representar sua classe e dizer para a população o motivo da greve: a busca por uma universidade pública democrática.

“Nós precisamos correr atrás das nossas perdas salariais, porque o nosso salário está defasado há sete anos. A reivindicação básica é a estruturação da nossa carreira e mais verba para a universidade”, disse.

*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva